Capítulo 11

19.1K 1.2K 112
                                    

Lucas

Desembarquei no Rio de Janeiro depois de horas de viagem. Meu humor não estava muito bom depois de passar dificuldade naquela droga de aeroporto.

Peguei as chaves do carro que aluguei e fui direto ao meu novo apartamento. Fiz uma nota mental de comprar um carro assim que surgisse uma oportunidade.

Havia saído do Brasil há alguns anos quando decidi morar nos Estados Unidos e desde então nunca havia voltado desde a minha posse na  empresa da minha família na sede que foi instalada no exterior.

Cheguei em meu novo apartamento na zona sul da cidade e pedi que mandassem minhas malas para lá.

Eu estava na cidade com objetivos maiores e que no dia seguinte daria um jeito de resolver. Já tinha o endereço de Paola nas mãos e logo a encontraria.

Bruno

Cheguei em casa pela madrugada e por isso praticamente não dormi, apenas tomei uma ducha e passei um café bem forte. Na TV não tinha nada de muito importante, apenas noticiários e alguns filmes que não chamaram a minha atenção. Acabei buscando meu notebook e concluir alguns papéis que deixei em branco.

Minha playlist tocava quando ouvi Thinking Out Loud do Ed Sheeran e numa fração de segundos lembrei de quando conheci Paola. Meus pensamentos perderam-se em sua pele, seus beijos, seu corpo... Puta merda, Paola era incrivelmente maravilhosa e confesso que a vontade de tê-la novamente era muito forte.

Tratei de mandar aqueles pensamentos para longe e concentrar nas minhas tarefas. Sabia que se eu realmente não amasse o que eu fazia nunca conseguiria seguir em frente. A pressão era muito forte e se não tivesse um psicológico forte acabaria enlouquecendo.

Ligação

Bruno, socorro! Flávia estava completamente desesperada.

— O que aconteceu, fale de uma vez. — sabia que tinha relação com meu filho, eu sentia isso.

— Estamos no hospital, é com Miguel. Por favor, venha logo... — Flávia desabou no choro e a preocupação tomou-me.

Desliguei o telefone sem insistir em saber no que havia acontecido, não pensei duas vezes antes de roupa e sair com o meu carro. Praguejei por não ter perguntado o hospital mas imaginei ser o mesmo que o pediatra do meu garoto trabalhava.

Naquele horário o trânsito estava um pouco complicado mas agradeci à Deus por não ser tão longe, já que morávamos perto.

Entrei rapidamente a procura de Flávia. Encontra-se sentada na sala de espera e chorando como uma criança que havia perdido seu brinquedo preferido.

O que aconteceu com Miguel? — perguntei apreensivo.

— Eu não sei, amor. — falou num sussurro.

— Como não sabe, porra! Você está com o menino 24 horas por dia e não sabe o que aconteceu como? — segurei-a pelo braço e explodi.

Eu sabia que algo estava acontecendo e não era tão simples. Flávia era complicada mas naquele momento ela demonstrava medo.

— Cadê o médico? É ali que ele está? — antes que eu entrasse na sala uma enfermeira impediu que eu entrasse.

— Acalme-se Bruno, não faça nada. — falou Flávia que logo em seguida puxou-me para sentar.

— Flávia... — respirei fundo — eu quero que diga o que aconteceu para que corresse com Miguel para cá.

— Ele não estava passando bem, não quis fazer a refeição da manhã e foi para o quarto, quando fui até lá com o encontrei desmaiado.

Bruno - Série Condenados ao amorOnde histórias criam vida. Descubra agora