Bruno - Série Condenados ao amor

Capítulo 24

— Papai, posso ir para a piscina agora? — Miguel estava numa pilha de nervos que mal comeu.

— Nem pensar, você acabou de comer garoto. — falou com aqueles cuidados de avó — Além disso está muito quente lá fora.

— Ah, por favor!

— Miguel, vamos fazer o seguinte... termine o seu almoço e espere só um pouquinho, não era você que queria aquele açaí? Então, vamos comprá-lo e assim que a gente voltar você vai para a piscina ok? — tentei acalmá-lo e ele concordou com a ideia.

— Tudo bem. — Miguel acabou subindo para o quarto.

— Meu neto parece gostar muito de você. — disse o pai de Bruno.

— Realmente, ele adora a Paola! — Bruno respondeu.

Assim que terminamos a nossa refeição, fiz questão de ajudar Rita na cozinha.

— Você é a minha convidada, não precisa se preocupar.

— A senhora que não precisa se preocupar com isso, eu não me importo em ajudar.

— Sabe, gostei muito de conhecê-la sabia? Há tempos não via Bruno tão feliz. Depois da separação ele nunca trouxe uma mulher para dentro de casa.

— Eu também fico muito feliz com participar disso.

— Não quero me intrometer muito ok? Mas não demorem para me dar outro netinho não. — as palavras de Rita entraram como um punhal no meu peito. — Está tudo bem? Você ficou pálida.

— Sim, foi só o calor.

                         ***

Ao voltarmos para a sala, deparamos com Miguel dormindo no colo de Bruno enquanto conversava com o seu pai.

— Pelo visto Miguel desistiu da piscina. — Falou minha sogra.

— Ele está cansado da viagem. Mais tarde eu o levo na piscina. — Bruno respondeu.

— Eu vou levá-lo para o quarto então. — peguei aquele garotinho pesado no colo — Onde fica?

— Vocês se importam se eu subir com a Paola? Ela também passou mal na viagem, é melhor descansar um pouco.

— Claro que não meu filho, pode ir.

A verdade era que eu queria mais ficar sozinha do que com Bruno naquele momento. Eu não queria pensar naquele assunto, já que nem ele sabia realmente do meu problema. 

— Você está bem? Minha mãe disse alguma coisa que te assustou? — perguntou Bruno.

— Não foi nada, só estou um pouco cansada.

— Então vem aqui! — puxou-me para deitar em seus braços enquanto acariciava meu cabelo — Obrigado por tudo isso!

— Eu que agradeço.

Lucas

Observava Paola há semanas e agora sabia exatamente seus passos desde casa até os lugares que ela mais frequentava quando queria se divertir.

Pensava que talvez fosse a hora de aparecer, mas não sei como faria. Eu não poderia chegar de repente pois ela nunca me receberia. Eu teria que pensar em algo para que eu tivesse a oportunidade que eu queria, por isso, observaria por mais um tempo.

Flávia

Bruno nunca havia aparecido em um relacionamento depois da nossa separação. Obviamente ele tinha as fodas dele por aí, mas nada sério.