Paola
Tive uma semana bem agitada devido aos preparativos para a ceia de natal. Pela primeira vez em anos passaria uma data tão simbólica e importante perto das pessoas que eu mais amava.
Meus pais e sogros juntos com meu filho de coração e meu delegado preferido. Podia desejar algo melhor?
O processo sobre a guarda de Miguel estava em andamento e era certo que Bruno levaria a vitória. Flávia não tinha condições de criá-lo e sabia que meu namorado faria muito bem esse papel. Infelizmente, enquanto não tínhamos a resposta, Miguel teria que continuar na casa da mãe já que era sua responsabilidade.
— Você vai buscá-lo quando? — perguntei enquanto vestia meu hobby.
— Marquei de pegá-lo em uma hora. Quer ir comigo? De lá nós podíamos passar na praia, tomar um sorvete... — falou Bruno.
— Uhum, acho uma boa... — não estava no meu dia normal. Provavelmente estava passando mal devido ao calor forte que a cidade fazia.
Bruno olhou-me fixamente ao notar que deixei meu corpo cair na cama, ficando sentada.
— Você está bem? — perguntou-me preocupado.
— Sim... acho que é o calor... — minha pressão estava baixa e podia ver tudo girando ao meu redor.
— Paola, você está se sentindo mal já tem um tempo. O que está acontecendo? — Bruno colocou a mão em minha testa como se tivesse o poder de medir a minha temperatura.
Não tive tempo para responder, senti meu estômago embrulhar e num impulso corri para o banheiro do quarto onde só tive tempo para apoiar meu rosto na privada. Era como se todos os meus órgãos quisessem sair do meu corpo. Bruno veio atrás de mim e segurou meus fios num rabo de cavalo. Depois de praticamente colocar todo o almoço e café para fora, pude sentar ao lado da parede e apoiar meu rosto com as minhas mãos tremulas.
Bruno também havia ficado sem reação, só conseguiu pegar um copo de água gelada para mim, além de reclamar bastante sobre o acontecido.
— Você não se alimenta direito e fica passando mal por aí.. — uma das frases típicas que precisei ouvir.
— Não é nada disso. Esse calor me deixa um pouco mal... é normal.
— Paola, por favor né... não tem nada de normal em ficar passando mal pelos cantos. — quando se tratava da minha saúde, meu namorado era bem chato e exigente.
Compreendia que ele estava mais do que certo. Já estava com esse mal-estar há vários dias e como de costume, Bruno insistiu para que eu fosse ao médico fazer uma revisão geral mas a minha preguiça e teimosia não permitiam.
— Não precisa ficar nervoso ok? Eu vou ficar melhor, só tomar um banho bem gelado.
Aguentei as reclamações de Bruno pelo resto do dia. Ele sim era um homem que se preocupava comigo e a minha saúde!!
Depois de buscar Miguel, resolvemos parar na praia e deixá-lo se distrair um pouco uma vez que ele estava ficando preso demais dentro daquela casa.
— Miguel...
— Eu já sei, papai. Só posso ficar na beiradinha e não posso sair da sua vista. Já sei! — antes mesmo de Bruno deixar seu aviso, Miguel já falava tudo na ponta da língua.
— Isso mesmo! — afirmei, desejando quebrar um pouco do gelo que se formava ali.
— ÓH O SORVETEEE! — gritava um sorveteiro bem próximo a nós dois.
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Bruno - Série Condenados ao amor
RomancePrimeiro livro da série: Condenados ao amor. Bruno Garcia, com seus 34 anos é um renomado delegado que parece ser uma pessoa completamente diferentes em situações diversas. No trabalho, Bruno é focado e responsável, por esse motivo, é muito bem suce...