Capítulo 10

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Bruno

Meu sono não era muito pesado, acordava com muita facilidade e com qualquer ruído. Isso era consequência do trabalho já que acabava me envolvendo com pessoas perigosas.

Meu filho ainda dormia e ocupava praticamente toda a cama. Olhei para o relógio e já passavam das cinco da manhã quando decidi correr na orla. Tomei uma ducha e logo em seguida fui recarregar minhas energias na cozinha.

— Já acordado, filho? — perguntou minha mãe.

— Já sim, costume. Bom dia! —  depositei um beijo em sua testa.

— Bom dia! — respondeu — Que tal um café com a sua mãe?

—  Ainda pergunta? Saudades desse cafezinho toda a manhã.

— Venha para cá. A cidade é bem mais tranquila do que aquele Rio de Janeiro.

Meus pais haviam saído do Rio logo depois do meu casamento. Eles não gostavam de muitas pessoas indo e vindo e por esse motivo compraram uma casa em Arraial do cabo. Gostava muito de fugir para cá quando estava de férias ou quando queria pensar.

— Quem sabe um dia Dona Rita. — falei depois de comer uns pães de queijo.

— Você é muito teimoso, garoto! Mas sabe... — continuou — eu era exatamente assim quando nova.

— Só eu sei como é difícil convencê-la de algo. — só de olhá-la já imaginei que pudesse voltar ao assunto da Flávia — Por favor, dê uma olhada em Miguel, ele não costuma acordar cedo mas é melhor ficar de olho. Não demoro muito. — depositei um beijo e saí antes que entrasse em qualquer assunto.

Coloquei uma playlist em meu iPod e comecei a minha maratona.

                              ×××

Cheguei em casa aproximadamente uma hora e meia depois da corrida. Se tinha algo que ajudava-me a tirar todas as preocupações por algumas horas era praticar algum exercício.

Miguel ainda dormia quando decidi chamá-lo. Voltaríamos para o Rio logo depois da refeição e não queria que ele passasse o resto do dia sobre a cama.

— Filho... — chamei — Vamos levantar?

— Que isso papai, está muito cedo. —  falou sem abrir os olhos.

— Olha a preguiça hein. Vamos... Tome um banho e vá tomar café, seus avós estão na mesa já.

— O senhor vai me levar para a praia?

— Claro que sim.

Esperei pelo Miguel que rapidamente ficou pronto. Ficamos algumas horas na praia e voltamos apenas para almoçar e despedir nos meus pais.

Horas depois já estava no Rio e deixando meu filho em casa, prometi buscá-lo assim que conseguisse um tempo livre na semana. Aproveitando a oportunidade acabei parando no condomínio de Carlos já que estava por perto.

— Coloca a carne na churrasqueira e a gelada na mesa pois eu já cheguei. — falei assim que Carlos abriu a porta do apartamento.

— Fala irmão! Chegou na hora certa.

                   ×××

— Sumiu hein, Bruno. Por onde andou? — perguntou logo depois que pegou outra lata de cerveja.

— Fui para Arraial levar Miguel, muito tempo que não via os avós. — já sabia sobre o que Carlos interrogava.

—  Qual é, cara? Estou falando da noite do meu aniversário. Estava com Paola, não é?

Bruno - Série Condenados ao amorOnde histórias criam vida. Descubra agora