Bruno
Meu sono não era muito pesado, acordava com muita facilidade e com qualquer ruÃdo. Isso era consequência do trabalho já que acabava me envolvendo com pessoas perigosas.
Meu filho ainda dormia e ocupava praticamente toda a cama. Olhei para o relógio e já passavam das cinco da manhã quando decidi correr na orla. Tomei uma ducha e logo em seguida fui recarregar minhas energias na cozinha.
— Já acordado, filho? — perguntou minha mãe.
— Já sim, costume. Bom dia! — depositei um beijo em sua testa.
— Bom dia! — respondeu — Que tal um café com a sua mãe?
— Ainda pergunta? Saudades desse cafezinho toda a manhã.
— Venha para cá. A cidade é bem mais tranquila do que aquele Rio de Janeiro.
Meus pais haviam saÃdo do Rio logo depois do meu casamento. Eles não gostavam de muitas pessoas indo e vindo e por esse motivo compraram uma casa em Arraial do cabo. Gostava muito de fugir para cá quando estava de férias ou quando queria pensar.
— Quem sabe um dia Dona Rita. — falei depois de comer uns pães de queijo.
— Você é muito teimoso, garoto! Mas sabe... — continuou — eu era exatamente assim quando nova.
— Só eu sei como é difÃcil convencê-la de algo. — só de olhá-la já imaginei que pudesse voltar ao assunto da Flávia — Por favor, dê uma olhada em Miguel, ele não costuma acordar cedo mas é melhor ficar de olho. Não demoro muito. — depositei um beijo e saà antes que entrasse em qualquer assunto.
Coloquei uma playlist em meu iPod e comecei a minha maratona.
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Cheguei em casa aproximadamente uma hora e meia depois da corrida. Se tinha algo que ajudava-me a tirar todas as preocupações por algumas horas era praticar algum exercÃcio.
Miguel ainda dormia quando decidi chamá-lo. VoltarÃamos para o Rio logo depois da refeição e não queria que ele passasse o resto do dia sobre a cama.
— Filho... — chamei — Vamos levantar?
— Que isso papai, está muito cedo. — falou sem abrir os olhos.
— Olha a preguiça hein. Vamos... Tome um banho e vá tomar café, seus avós estão na mesa já.
— O senhor vai me levar para a praia?
— Claro que sim.
Esperei pelo Miguel que rapidamente ficou pronto. Ficamos algumas horas na praia e voltamos apenas para almoçar e despedir nos meus pais.
Horas depois já estava no Rio e deixando meu filho em casa, prometi buscá-lo assim que conseguisse um tempo livre na semana. Aproveitando a oportunidade acabei parando no condomÃnio de Carlos já que estava por perto.
— Coloca a carne na churrasqueira e a gelada na mesa pois eu já cheguei. — falei assim que Carlos abriu a porta do apartamento.
— Fala irmão! Chegou na hora certa.
          ×××
— Sumiu hein, Bruno. Por onde andou? — perguntou logo depois que pegou outra lata de cerveja.
— Fui para Arraial levar Miguel, muito tempo que não via os avós. — já sabia sobre o que Carlos interrogava.
— Qual é, cara? Estou falando da noite do meu aniversário. Estava com Paola, não é?
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Bruno - Série Condenados ao amor
RomancePrimeiro livro da série: Condenados ao amor. Bruno Garcia, com seus 34 anos é um renomado delegado que parece ser uma pessoa completamente diferentes em situações diversas. No trabalho, Bruno é focado e responsável, por esse motivo, é muito bem suce...