Paola
Estávamos cercados por armas e qualquer atitude errada poderia me prejudicar.
A cada passo que nos aproximávamos do veículo, eu ficava mais desesperançosa em sair bem dessa história.
Eu não poderia sair dali sem ao menos tentar.... Se saíssemos do país, era certo que nunca mais nos achariamos e eu não iria viver o resto da minha vida com medo de estar perto daquele homem.
Senti uma dor insuportável que fez com que ele parasse por uns segundos. O medo de instalou naquela hora pois eu sabia que Maria poderia nascer a qualquer momento, mas como minha gravidez era de risco eu poderia perdê-la também.
— Anda porra!
— Vai nascer... — foi quando senti o líquido amniótico descendo.
— Você consegue segurar. Vamos Paola, entra no carro!
— Eu não vou entrar. Minha filha vai nascer... — eu mal conseguia falar depois de sentir tanta dor.
— Lucas, se ela não for para o hospital agora, pode acontecer o pior. — Bruno estava próximo e só o que nos separava era a arma e Lucas.
— Eu não vou deixar ela ir embora de novo. Não vou perdê-la de novo. Não vou!
— Você já me perdeu há muitos anos. Por favor... me deixa ir.... — contrações, gritos e muito desespero.
— Amor... Vai ficar tudo bem. Aguenta firme! — nunca havia presenciado Bruno daquela forma. Sua pele estava corada de tanto nervoso e seus olhos cheios de lágrimas.
— Cala essa boca, porra! Essa criança tinha que ser minha!! — Lucas gritou.
Eu já não aguentava mais e foi quando pulei em direção ao Lucas. Eu precisava sair dali. Morta ou não!
Bruno
Disparo!
Foi quando Paola caiu no chão depois que Lucas disparou contra ela. O filho da puta entrou no carro e saiu em disparada, e logo atrás foram alguns dos policiais do plantão.
— Ah não... Paola, pelo amor de Deus. Fica aqui, fica comigo. — vê-la deitada em meus braços enquanto sangrava me cortava o coração.
Tirei minha camisa e coloquei no ferimento para que ela perdesse menos sangue possível.
— Só quero que ela venha tão forte como você... — sua voz saia quase que num sussurro — ainda vai ter dois homens para cuidar muito bem dela...
— Não fala isso. Eu não consigo sem você. — não consegui conter as lágrimas. Eu não poderia perder. — Você é mais forte que eu... Passou por tudo isso e ainda está aqui. Vai sair dessa, amor!
— Vocês foram a melhor coisa que eu ganhei nessa vida. Eu te amo tanto...
— Eu também te amor muito. Fica calma, a emergência já chegou. Vamos tirar vocês daqui!
— Eu não consigo mais... — ela já estava muito fraca, seus olhos estavam pesados e sentia muita dor por conta do tiro e das contrações.
— Você já conseguiu. Segura mais um pouco, amor. — não demorou muito e seus olhos fecharam. O desespero se instalou em mim.
Eu não viveria sem elas. Não poderia passar por isso!
A emergência colocou-a rapidamente dentro da ambulância e fomos em direção ao hospital mais perto.
— Ela está grávida. Pelo amor de Deus, elas precisam sobreviver!
— Senhor, você precisa ter calma. Ela está desacordada e perdeu muito sangue, nós não podemos realizar o parto aqui ou a sua filha pode não sobreviver também.
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Bruno - Série Condenados ao amor
RomancePrimeiro livro da série: Condenados ao amor. Bruno Garcia, com seus 34 anos é um renomado delegado que parece ser uma pessoa completamente diferentes em situações diversas. No trabalho, Bruno é focado e responsável, por esse motivo, é muito bem suce...