Capítulo 16

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Paola

Estava muito bem acomodada nos braços de Bruno, que acariciava minhas costas lentamente.

Havia sido cômico a expressão que ele havia feito depois de saber de Silas. Seu ciúme era evidente e eu gostava disso.

— O que foi? — perguntei ao perceber  que ele me olhava por minutos.

— Não posso te adimirar, bonequinha?

— É claro que pode!

— Sabe, estava pensando... que tal sairmos para almoçar amanhã? Meu garotão irá também.

— Claro que sim, Bruno. —continuei — Ele é muito parecido com você, fiquei assustada.

— Ele é sim. Irei ensiná-lo tudo o que eu sei.

— Isso não vai ser uma boa ideia. Já imagino um garanhão pelas ruas do Rio.

— Faz parte da nossa natureza. — brincou.

— Bobo! Não ensine besteiras a ele.

— Meu único filho, preciso mostrá-lo tudo para ele. — por um momento passou pela minha cabeça que eu nunca teria essa oportunidade. Senti meu coração apertar e só não chorei por Bruno estar ali. — O que foi? Ficou quieta do nada.

— Não é nada, só estou um pouco cansada. — sorri mas pude perceber que ele não colocou muita fé em mim.

— Cansada? Pensei que eu poderia me enterrar nessa boceta novamente e pelo resto da noite.

E mais uma vez entreguei-me por inteira a Bruno.

  

                              xxx

Acordei um pouco incomodada com os raios solares invadindo meu quarto. Senti um pouco de frio por estar descoberta e, ao olhar notei que Bruno não estava ali.

Enrolei-me em meu roupão de banho e fui até a cozinha, e lá havia um pequeno desjejum muito saboroso e uma carta.

Bom dia, bonequinha!
Espero que tenha dormido bem. Não quis acordá-la pois estava num sono muito pesado. Tive que ir para resolver algumas coisas mas passo às 13:00 para buscá-la ok?
Um beijo bem gostoso!

Bruno me impressionava com seu jeito durão e carinhoso ao mesmo tempo. Ao perceber um sorriso em meu rosto tratei de espantá-lo. Ora, era apenas um recado e nada mais!

Comi um pouco de tudo que estava na mesa e logo depois tratei de dar um jeito naquela bagunça. Coloquei meu pen drive para tocar enquanto eu dava um jeito na casa. Só uma música mesmo para me animar.

Fiz uma nota mental de procurar outra empregada, já que a senhora que estava em minha cada pediu demissão pois iria embora do Rio e voltar para o interior.

Eu não era do tipo patricinha mas convenhamos que eu não precisava estragar minhas unhas por toda a semana. Não me importava de arrumar tudo, mas eu não tinha tempo de fazer faxina.

Depois de deixar a casa um brinco, corri para meu quarto e fui a procura de uma roupa para usar. Eu não fazia ideia do que vestir já que não sabia para que tipo de ambiente iríamos mas como Bruno levaria seu filho imaginei que não fosse algo muito formal e optei por um vestido florido que ia até a metade das minhas coxas mas era de um tecido leve e soltinho, com isso, não ficando muito vulgar. Coloquei uma sandália e deixei meus fios caindo sobre os ombros. Não esqueci do meu perfume e a maquiagem bem simples para esconder a cara de morta que eu estava.

Bruno - Série Condenados ao amorOnde histórias criam vida. Descubra agora