Capítulo 28

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Bruno

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Bruno

Estávamos há horas sem notícias do meu filho. Sempre fui uma pessoa muito racional, mas a vinha vida havia mudado de um dia para o outro. Tudo estava dando errado e eu só queria tirar todo mundo que estava em meu caminho, precisava descontar todo aquele sentimento ruim que eu carregava há semanas.

   — Os senhores são os familiares do menino, Miguel?  — um médico aproximou-se com sua prancheta de anotações.

— Sim, somos nós. Como meu netinho está?  —  minha mãe perguntou rapidamente.

— Bom, as notícias não são muito boas. O menino bateu a cabeça e perdeu muito sangue também.  — o médico dizia enquanto lia as informações anotadas.  — Ele precisa de uma transfusão de sangue o mais rápido.

— Mas ele só tem apenas cinco anos.  —  foi a vez do meu pai dizer.

— Exato! Preciso que ele receba sangue o mais rápido. Por ser muito novo, creio que ele não suportaria perder mais. 


Era fato que a minha vida estava de cabeça para baixo. Tudo estava dando errado. Havia perdido Paola e agora meu filho corria risco de vida. 

O médico passou todas as informações necessárias mas infelizmente eu não poderia doar sangue ao meu próprio filho por conta de uma tatuagem feita há alguns meses. Meu pai era o único doador compatível mas também foi impedido por conta de um problema de coração que carrega desde a adolescência.


— O tipo sanguíneo do Miguel é mais raro de se encontrar, por isso, não possuímos reservas em nosso banco de sangue.  — MAS QUE PORRA DE HOSPITAL ERA AQUELE?!

Liguei totalmente desesperado para as pessoas mais próximas a mime, infelizmente, ninguém possuía o mesmo tipo sanguíneo do meu garoto. Não sabia mais o que fazer... Sua mãe havia sumido e eu não tinha a quem recorrer. Estava sem esperanças e praticamente entregando o meu filho nos braços da sorte.


Paola


Passei praticamente duas semanas inteiras trancafiada em meu quarto. Não queria contato nem com os meus pais. Eles já sabiam de tudo pois tinham conversado com Bruno e eu não queria olhar de pena voltados para mim. Sei que estava agindo como uma garotinha de quinze anos e que deveria encarar tudo de frente, mais cedo ou mais tarde.

Havia levantado mais disposta. Tomei uma ducha bem relaxante, lavei e hidratei meus cabelos e também não abri mão de uma boa limpeza de pele. Eu não deixaria o desânimo me tomar. Já havia passado por tudo aquilo e tornei-me uma mulher mais forte ainda. Não me afundaria novamente naquele poço chamado Lucas.

Bruno - Série Condenados ao amorOnde histórias criam vida. Descubra agora