Capítulo 31

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Bruno

Tive o imenso prazer de festejar aquela data tão importante ao lado dos meus familiares e da minha linda namorada. Eu nem conseguia me lembrar qual teria sido a última vez que fiz um programa em família daquela forma. 

Depois de levar os pais de Paola para a rodoviária e meu filho para a casa da mãe, consegui planejar um ótimo e prazeroso final de semana com a minha garota.

  — Amor, vou subir e tomar um banho, você pode adiantar essa bagunça toda pra mim? — perguntou.

  — Espertinha você hein... — brinquei. — Vai lá e pode deixar que eu dou uma geral aqui!

— Valeu. — deu-me um beijo no rosto e subiu as escadas trasbordando toda a sua alegria.


Sabia que Paola tinha dado o sangue para que tudo ficasse perfeito, assim como eu tinha a total certeza que ela também estava muito cansada com todo o trabalho que aquele jantar deu. Obviamente eu aliviaria a minha garota né!!

Arrumar aquela bagunça toda foi um processo bem demorado e cansativo que até eu estava ao ponto de largar tudo ali e subir para ficar com Paola. Depois de jogar tudo dentro do lava-louças, não tive o trabalho de guardar e secar nada, pediria para que Cidinha fizesse isso.

Ao subir para o quarto, reparei que Paola já estava deitada em minha casa. Seu corpo estava coberto por um pijama infantil mas ao mesmo tempo achava extremamente sexy. Seus fios estavam presos num coque bem ao topo da cabeça e sua respiração bem ofegante, demonstrando que estava num sono profundo.

Entrei para o banheiro e resolvi tomar uma ducha bem gelada. Ao voltar para a quarto, coloquei um samba canção e deitei ao lado de Paola, abraçando-a em meu peito.


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~ campainha tocando ~ 


— Mas que porra está acontecendo?!  — olhei para o relógio de mesa que marcava pouco mais de quatro da manhã. — Quem é o filho da puta que está batendo na minha porta a essa hora da madrugada?!

Desci as escadarias cuspindo fogo e soltando cada palavreado incompreensível, já que estava com uma puta raiva da pessoa que estava tocando a campainha naquela hora da madrugada. Juro que se fosse um homem eu socaria a fuça do indivíduo.

  — Fala, meu amigo! — Carlos entrou em minha sala de estar assim que abri a porta. — Feliz natal hein...

— Oi Carlos. — continuei exasperado. — Qual é o seu problema? Ah, feliz natal...

  — Foi mal aí meu caro, é que não consegui ligar pra você e nem pra Paola e resolvi passar aqui. — mesmo sendo meu melhor amigo, continuava muito folgado.

— Obrigado! Pode ir! — abri a porta e soltei.

— Que isso meu velho. Ainda é cedo... falando nisso, ótimo horário para irmos ao clube hein. — Carlos sentou em meu sofá com a garrafa de vinho, bebericando-a logo em seguida.

— Está ficando louco, só pode. Esquece esse lance de clube, Carlos.  —  beberiquei um pouco do vinho também. — Eu caí fora.

  — Mas que porra é essa cara, é apenas um clube...

— Ah, nem vem com essa!

— Mas é a verdade. Não sei qual o problema de vocês dois... Ricardo também não aparece mais por lá. 

Bruno - Série Condenados ao amorOnde histórias criam vida. Descubra agora