Paola
Depois de um dia cheio, finalmente chego em minha casa. Ultimamente estava andando desanimada e tudo isso era por conta da falta que sentia falta da minha família. Depois de tudo o que aconteceu eu e minha mãe nunca mais nos falamos, já eu e meu pai tinhamos contato apenas quando conseguia despistar a senhora Luiza.
Tentei conversar diversas vezes mas ela nunca mais quis saber de me procurar. Sempre me julgou como se eu tivesse culpa de tudo o que houve. Acabei me afastando de vez quando em uma das nossas discussões ela acabou levantando a mão para mim.
Não a julgo pois sei que ela acredita numa mentira. Nunca tive a coragem de contar aos meus pais a verdade, isso seria doloroso demais e conhecendo Luiza e Glauco como a palma da minha mão, sei que eles nunca ficariam quietos diante aos fatos.
Algumas vezes buscava lembranças para que pudesse ficar um pouco mais perto deles. São anos sem sentir um abraço, um carinho ou até mesmo um puxão de orelha de mãe. Tinha a certeza de que teria a oportunidade de contar tudo o que havia acontecido.
Resolvi deixar o desânimo de lado e curtir meu final de noite. Fui num mercado próximo e comprei algumas besteiras e acabei passando a madrugada assistindo reality show.
***
Celular tocando
— Alô — falei com a voz rouca já que havia acabado de acordar com o barulho do celular.
— Bom dia minha flor! — fiquei muito feliz ao ouvir a voz do meu pai.
— Papai, estava pensando em você essa noite. Como está?
— Muito bem minha querida, e como anda?
— Vivendo... Como está a minha mãe?
— Está indo, ela finge estar bem e feliz mas eu sei que ela sente muito sua falta.
— Eu também mas não queria falar sobre isso agora. Mas estão precisando de alguma coisa por ai?
— Não meu amor! Sabe, estou pensando em ir para o Rio.
— As portas estão abertas meu coroa, mas a minha mãe aceitou ?
— To conseguindo convencê-la, quem sabe vocês não se acertam?
— É, quem sabe...
— Filha, vou desligar aqui ok? Se precisar de algo é só falar.
— Falo o mesmo, pai. Amo você!
— Eu também minha querida!
***
Perdi o sono depois de conversar com o meu pai e como estava cedo, decidi sair para correr e distrair. Fiz uma vitamina de abacate com chia e ovos mexidos para comer, tomei um banho, selecionei minha playlist e fui para a orla.
Estava muito tensa nos últimos dias e precisava voltar aos meus afazeres normais, só isso para desestressar. Além disso, havia engordado e eu odiava saber disso. Sempre fiz muitos exercícios para manter a forma, boxe, cross, funcional e musculação e preciso incluir também as aventuras que sempre invento.
Depois de correr, parei num quiosque para repor minhas energias e tomar uma água de coco. Enquanto olhava o feed das minhas redes sociais lembrei da festa do Carlos que quase esqueci, como havia feito compras dias atrás, eu só precisava ir para casa e me aprontar.
Bruno
Acabei ficando de pé cedo demais, com a ressaca que estava eu nem pensava em levantar da cama. Sabendo que hoje era dia de comemoração resolvi almoçar com o meu filho já que ele não poderia passar a noite em minha casa. Fiquei pronto em pouco tempo e
segui para a minha antiga casa.
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Bruno - Série Condenados ao amor
RomansaPrimeiro livro da série: Condenados ao amor. Bruno Garcia, com seus 34 anos é um renomado delegado que parece ser uma pessoa completamente diferentes em situações diversas. No trabalho, Bruno é focado e responsável, por esse motivo, é muito bem suce...