Capítulo 20

15.3K 1.1K 31
                                    

Paola

Depois de Bruno me deixar em meu escritório, subi rapidamente sem muita demora. O que havia acontecido ainda estava em minha mente, eu não queria acreditar. Talvez fosse coisa da minha cabeça. Mas e se realmente fosse ele, o que eu faria?

Fui ao banheiro e joguei uma água bem fria no rosto e nos pulsos. Aos poucos minha respiração foi se acalmando e pude pensar melhor. Talvez fosse coisa da minha cabeça e eu queria acreditar nisso. Não tinha motivos para o Lucas voltar para o Brasil, não depois de anos.

Agradecia por ele ter desaparecido. No começo eu havia ficado muito mal, mas depois entendia que era o melhor para mim. Do fundo do meu coração eu esperava que ele ficasse fora o resto das nossas vidas, nunca mais queria vê-lo.

Depois de me acalmar acabei voltando ao trabalho, seria melhor ocupar minha cabeça do que ficar pensando em bobagens.

" Paola, você está bem? "

Bruno realmente estava muito preocupado comigo. Eu havia mudado da água para o vinho depois de pensar ter visto Lucas.

" Estou bem sim, não fique preocupado"

" Quer que eu passe aí para buscá-la mais tarde?"

" Não precisa, estou de carro! Mas sabe... adoraria ficar agarradinha com você essa noite, que tal?"

" Hmmm, Paola... aguarde!"

" Vou aguardar então meu delegado!"

  

Semanas depois...

Lucas

Depois do deslize que eu dei, nunca mais havia arriscado novamente. Obviamente tinha informações sobre ela mas até então só sabia que ela estava se envolvendo com esse tal cara.

Já sabe o nome? —  liguei novamente para um dos meus homens.

Ainda não chefe!

— Se eu fosse você, faria isso o mais rápido possível. Eu odeio esperar. Quero o nome desse homem na minha mesa até amanhã!

Precisava rever quem trabalhava para mim, será possível que era tão complicado descobrir quem era o filho da puta que está andando com a minha mulher?

Bruno

— Bom dia menino! — falou Cidinha assim que entrei na cozinha.

— Bom dia Cidinha. — dei-lhe um beijo no rosto.

— Que alegria é essa hein? — Cida era a minha segunda mãe, ela sabia exatamente tudo o que eu estava sentindo — Isso tem cara de mulher.

—  Estou namorando, Cidinha. — decidi contar a ela. Estava com Paola há pouco mais de um mês mas ainda não havíamos exposto.

— Ah meu menino, eu não acredito nisso! — pulou em meu colo, gritando — Que alegria, meu Deus! Estou muito feliz por você.

— Obrigado, eu também estou. — sim, eu estava muito feliz com ela.

— Por isso esses sorrisinhos pelos cantos, desaparecendo durante a semana. Agora conte-me, quem é?

— Você vai conhecê-la em breve. Agora eu preciso ir, tenho que buscar Miguel.

— Vá com Deus!

                               ***

Depois de buscar Miguel, passei no condomínio de Paola para buscá-la e fazer uma surpresa. Ela não sabia que meu filho estava junto e seria um bom momento para contar.

Bruno - Série Condenados ao amorOnde histórias criam vida. Descubra agora