Bruno Garcia
Minha semana corria como sempre. A mesma rotina e costumes. Levantava cedo para malhar e ir para a delegacia, tinha um tempinho no almoço e voltava direto para o trabalho, depois que saía ia direto para casa. Por conta disso, costumava aproveitar bastante o meu final de semana. Sempre buscava Miguel e quando ia para o clube eu o deixava novamente em casa e depois só buscava novamente no dia seguinte.
Como eu havia pegado o Miguel duas vezes na semana, aproveitei para marcar com os caras de ir para o clube hoje. Não aparecia por lá umas semanas e já estava sentindo falta. Aquele lugar tinha o poder de tirar todos os problemas da minha cabeça e além disso eu conseguia relaxar até demais.
Olhei para o relógio que ficava pendurado acima do aparador da minha sala de estar e notei que eu precisava correr. Fui direto para não chegar atrasado.
Não demorei muito e já estava pronto. Segui para o elevador e comandei para a garagem. Para a minha sorte as ruas estavam tranquilas e consegui chegar pontualmente.
Ao entrar no clube, Carlos e Ricardo já estavam sentados em uma das mesas. O local estava com um movimento considerável mas também não estava muito cheio. Ali havia um grande controle de clientes, não era qualquer um que entrava ali. A verdade é que para frequentar o clube, é preciso que seja indicado por um cliente e além de tudo você precisa ter a ficha limpa, uma renda que eles exigem e uma série de coisas.
Conheci aquele local logo depois que separei. Carlos e Ricardo frequentavam e quando perceberam a situação em que eu estava vivendo, tentaram a farra como distração.
Ao fundo tocava um música sensual como de costume, algumas mulheres dançavam na pista de dança, outros casais estavam provavelmente negociando uma noite. Sim! Eu frequentava uma casa de swing.
Não tenho problemas em dividir uma mulher, é uma prática bem prazerosa e sem dúvidas não deixarei de frequentar esse lugar.
- Esperaram por muito tempo? - perguntei com sarcasmo.
- Claro, a donzela estava se preparando para encontrar com o Príncipe encantado. - brincou Carlos.
- O senhor vai pedir alguma coisa? - perguntou o garçom.
- Um chopp por favor! - ele anotou o pedido e saiu.
- Quanto tempo não aparece aqui, Bruno? - foi a vez do Ricardo.
- Algumas semanas talvez. - assenti para o garçom quando colocou minha bebida na mesa. - Já estava sentido falta desse lugar.
- Eu só apareci pois havíamos combinado ou então eu iria atrás da loira da sua delegacia ou da gostosa da minha sócia. - disse Carlos.
- Enrolando duas, Carlos? - perguntou Ricardo.
- Não estou enrolando ninguém. Não prometi nada a nenhuma das duas. A Fernandinha não sei né, já que não para de ligar para o meu celular, agora com a Paola nunca foi e nunca vai ser nada sério, isso é o que ela deixa bem claro!
- Claro, ela já conhece o traste que tem de sócio. - afirmei.
- Um traste que ela adora quando estou chupando aquela bocetinha linda...
- Quando é que vai trazer essa tal sócia aqui? Assim cada um pega um pouco desse corpinho que você tanto elogia. - ao entrar naquele assunto, lembrei da louca do carro. Paola! Ficava duro só de pensar que eu poderia tê-la.
- Nem pensar, acho que vocês não fazem o tipo dela.
- Ah, e você com certeza faz. - Ricardo soltou e gargalhamos.
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Bruno - Série Condenados ao amor
RomansaPrimeiro livro da série: Condenados ao amor. Bruno Garcia, com seus 34 anos é um renomado delegado que parece ser uma pessoa completamente diferentes em situações diversas. No trabalho, Bruno é focado e responsável, por esse motivo, é muito bem suce...