Capítulo 33

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POV Catherine

Chego a casa depois da minha saída com o Dean e limito-me a cumprimentar os meus pais e a subir para o meu quarto.

Atiro-me para a cama e fecho os olhos com força. Eu estou a tentar seguir em frente, eu juro que estou, mas não é fácil. Eu estava com o Dean e estava a pensar nele. Porque é que ele não me sai da cabeça?

O Dean é mesmo querido, chegou mesmo a dar-me a mão e eu não conseguia estar de corpo e alma com ele. Eu começo a achar que ele não me vê só como uma simples rapariga, mas também não quero enganar ninguém.

Eu ainda gosto do Harry. E não sei quando irei deixar de gostar, mas a verdade é que não posso ficar a matutar sempre no mesmo. Eu tenho mesmo que seguir em frente e talvez o Dean seja a solução para isso.

O meu telemóvel vibra e eu desbloqueio-o, vendo que tenho uma mensagem:

*De: Dean 😘
  Apesar de saber que hoje não estavas bem, eu adorei a nossa tarde e gostava muito de repetir. Gosto muito de ti, miúda, já tinha saudades. *

Respiro fundo e não consigo evitar sorrir.

*Para: Dean 😘
 Desculpa não ter estado completamente bem, mas às vezes não é facil. Eu também gostei muito da tarde e não me importava de repetir. Beijos, miúdo, fica bem. *

Quando me preparo para voltar a bloquear o telemóvel recebo uma mensagem que me tira completamente debaixo dos pés.

* De: Harry... 💔
   Olá, Kate. Espero que estejas bem. Estou a mandar-te esta mensagem para saberes que me fartei. Eu não te fiz nada para me teres deixado, tu é que devias ter confiado em mim o suficiente para não acreditares naquelas mensagens. Mas não. O Harry é sempre o mau. Sou tão mau que mesmo depois de tudo fui atrás da ti inúmeras vezes. Sempre fui um player, com o objetivo de não me magoar com as raparigas e quando tentei ser melhor, ser o melhor para ti, saí mais magoado do que alguma vez imaginei que pudesse ficar. Só queria ser suficientemente importante na tua vida para que tivesses lutado por nós. Mas não lutaste. E eu estou cansado de lutar sozinho. Já vi que estás a seguir em frente e se tu o estás a fazer então eu só tenho que fazer o mesmo. Desejo-te as maiores felicidades, que o rapaz das pizzas te faça mais feliz do que eu fiz...
Eu amo-te, Kate. Amo-te mesmo muito. Mas cansei-me. Se não dás valor ao meu esforço por ser melhor para ti, então não vale a pena eu esforçar-me.
Se muito feliz... Amo-te. Harry Styles. *

Quando acabo de ler nem sequer me digno a pensar numa resposta. Atiro o telemóvel contra a parede, ignorando o som do ecrã a rachar. Enterro a cabeça na almofada e não consigo evitar os soluços.

Eu estava mentalizada para seguir em frente, mas não estava para que ele também o pudesse fazer tão depressa. Pode ser egoísmo da minha parte, mas não esperava. Eu sei que ele tem a sua parte de razão, mas eu só não queria estragar a nossa amizade. Mas neste momento acho que já nem isso existe.

Só de pensar que hoje já é sexta e que segunda volto à rotina de o ver todos os dias só me apetece emigrar!

As lágrimas não deixam os meus olhos e a dor é mais do que evidente. Perdi definitivamente o Harry... E não sei como me sentir em relação a isso.

Ele disse que me amava... E eu? Eu sinto o quê? Nem eu sei! Que raiva! Porque é que tem de ser tudo tão difícil??

POV Harry

Duas horas após enviar uma das mensagens mais difíceis da minha vida e não obter qualquer tipo de resposta, decido vestir-me para a saída de hoje à noite.

Escolho umas jeans pretas e uma camisa branca que deixa transparecer algumas das minhas tatuagens, deixando os primeiros três botões desapertados. Calço os meus Air Max pretos e coloco o meu melhor perfume. Ajeito o meu cabelo com algum gel e acho que estou pronto!

Pego no telemóvel, na carteira e nas chaves e desço as escadas.

- Vou sair, mãe, e não sei a que horas volto. - ela olha-me com uma expressão preocupada.

- Tem cuidado, Harry. - ela avisa.

- Eu sei, não te preocupes. E não te esqueças que amanhã eu e a Gemma almoçamos com o Desmond.

Ela engole em seco e assente.

- O Robin deve estar a chegar da reunião, não é? -confirmo e ela limita-se a assentir novamente.

Assinto também levemente e saio de casa. Custa-me ser tão frio com a minha mãe, mas a verdade é que ainda não lhe perdoei tantos anos de mentira.

Meto-me mo meu carro e conduzo até ao bar combinado com o Louis e o Niall. Que comece a noite!

(...)

A noite já ia a meio e enquanto o Niall e o Louis se limitavam a conviver com alguns amigos que encontrámos por aqui, eu já ia no quinto ou sexto shot, não sei ao certo. Ao acaba-lo peço a bebida mais forte que eles tiverem.

Entregam-me um copo alto com palhinha, a bebida era uma espécie de azul ou verde... Não sei decifrar. Tiro a palhinha e levo o copo à boca, bebendo tudo de uma vez só.

A minha garganta arde e por momentos apetece-me vomitar, mas controlo-me. Oiço a voz do Louis a chamar-me ao longe, para me juntar a eles, mas ignoro quando vejo um ser loiro conhecido aproximar-se de mim. Bea.

Ela traz um vestido preto super curto e com um decote enorme, deixando grande parte das suas amigas visíveis. Ela aproxima-se de mim e abraça-me, depositando-me um beijo no pescoço.

Os seus lábios são frios e ásperos, não quentes e macios como os da Kate. Ela avança com os beijos pelo meu rosto até chegar aos lábios. Ela já viu que eu estou bêbado e está a aproveitar-se disso.

A sua boca ataca a minha ferozmente, fazendo os meus lábios doerem. Demoro algum tempo a ter reação, mas lá acabo por corresponder ao beijo. Tenho nojo de mim próprio por estar a beijar a sua boca porca, mas sei que se não o fizer ela pode continuar a lixar a vida dos que mais gosto e eu também preciso de uma distração.

Ela roça os seus quadris nos meus e começa o obter de mim o que quer. Levo as minhas mãos ao seu traseiro e aperto-o com força, sem conseguir evitar pensar que se fosse a Kate a estar aqui comigo era tudo muito melhor.

Quando dou por mim já estamos numa casa-de-banho prestes a fazer o que já era de esperar. Não tinha saudades nenhuma desta vida, mas eu tenho que seguir em frente. Eu tenho que esquecer a Kate.

Just Friends ∆ H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora