Magnetismo do Amor - Série Artimanhas do Destino # 1

Capítulo 1

Alice

Finalmente consegui uma entrevista de emprego e para minha sorte era em uma das melhores empresas de São Paulo.

Hoje estarei fazendo a última etapa da processo seletivo para entrar na empresa. Vou ser entrevistada pelo dono da empresa.

Estou um pouco nervosa, mas não sei se é por causa da entrevista ou pelas mudanças que vem ocorrendo na minha depois do que passei em Campinas.

Ouvi falar muito bem do dono das Indústrias Andrade. Dizem que é muito bom de trabalhar com ele. Que ele é ‘amigo’ dos funcionários e que é um dos empresários mais novos e rico de São Paulo.

No início fiquei meio receosa, pois haveria a possibilidade de saberem do meu passado, mas espantei qualquer medo e receio já que tinha decidido que tudo em minha vida seria diferente a partir do momento que decidi vim para São Paulo.

Chego ao prédio onde se encontra o escritório das Indústrias Andrade e fico deslumbrada com a moderna estrutura. Tudo é tão diferente.

- Hoje começa uma nova vida para mim – penso ao entrar no elevador.

Olho no espelho do elevador checando minha aparência. Está tudo okay. Estou com um terninho preto com sapatos no mesmo tom, maquiagem suave e cabelo preso em um coque bem feito. Espero que meu futuro chefe aprove meu visual.

Estou tão nervosa que ao sair do elevador tropeço caindo literalmente ao pés de um homem. Com a vergonha me consumindo me levanto rapidamente sem dar a chance para que ele possa me ajudar.

Ajeito minha roupa e arrisco olhar para o homem à minha. Ele está vestido em um terno de um bom corte e que se ajusta perfeitamente eu corpo. Tem os cabelos castanhos e no momento que olho em seus olhos quase caio novamente. Ele tem os olhos lindos, de um azul profundo e tão penetrante que estou com cara de boba olhando para ele até sou desperta quando sua voz roca atinge meus ouvidos.

- A senhorita está bem? Se machucou? – Ele me pergunta me olhando dos pés à cabeça.

- E-e-eu estou bem - digo meio gaguejando.

- Eu sou Otávio Andrade e você como se chama? – Ele pergunta estendendo sua mão.

- Muito prazer, sou Alice Guimarães? – Consigo responder sem gaguejar. 

 - Tenho um escritório aqui no prédio. Você não quer ir até minha sala e descansar um pouco? Hoje está muito calor em São Paulo. Você deve ter tido uma queda de pressão – ele diz sem soltar minha mão.

Fico abobada com tanta beleza que quando dou por mim estou entrando em sua sala sendo conduzida com sua mão em minhas costas. Sinto o local onde sua mão repousa queimar.

- Por favor, sente-se – ele diz puxando a cadeira para eu me sentar.

- Eu estou bem senhor Otávio, foi só uma falta de atenção – digo.

- Espere aqui que vou pegar um copo com água para você e por favor me chame de Otávio – ele diz me olhando intensamente ignorando o que eu disse. Seu tom de voz parece mais uma ordem do que um pedido.

Ele sai para pegar a água e eu vasculho o local. Sua sala é moderna, mas meio rústica ao mesmo tempo. As paredes são claras com alguns quadros de artistas brasileiros, como Romero Brito, mas os móveis tem um ar rústico.

Estou perdida admirando seu lindo escritório quando Otávio entra na sala.

- Alice! – ele me chama e meu nome combina tão bem em sua linda boca – Sua água.