Alice
Antes de ir para casa resolvo passar no Parque Ibirapuera. Precisava pensar sobre o que eu estava sentindo e lá era um lugar tranquilo.
Depois que peguei o canalha do Gustavo, meu ex noivo, na cama com a minha prima Sâmia resolvi vim embora para São Paulo. Papai não gostou muito da ideia de estar me mudando de Campinas, mas eu precisava sair de lá. Doía muito. Tudo lá me lembrava ele.
Cheguei em São Paulo com a promessa de uma nova vida. Que meu tempo seria dedicado ao trabalho e não me envolveria tão cedo. Homem na minha vida era carta fora do baralho. Só que eu não contava com o destino me pregando uma peça.
Como pode você acabar de conhecer uma pessoa e ela abalar todas as suas estruturas somente com um toque e um olhar?
Nunca conheci um homem tão sexy e lindo igual ao Otávio.
Estou perdida nos meus devaneios quando sou desperta por um xingamento “presta atenção por onde anda sua lerda”. Só então percebo que quase fui atropelada por uma bicicleta.
Sento em um banco e fico olhando as pessoas passarem para lá e para cá.
O meu pensamento corre para o Otávio. Como vou fazer para resistir à ele e as sensações que me provoca só com o olhar se eu for contrata para trabalhar com ele?
Resolvo ir para casa, pois se ficar aqui pensando em tudo isso vou acabar enlouquecendo.
Ao me levantar levo um tremendo susto ao sentir uma mão minha cintura.
Pronto estou sendo assaltada – penso.
Viro devagar e me deparo com aquele par de olhos azuis. Sinto minhas pernas fraquejarem. Não pode ser que o motivo da bagunça dos meus pensamento esteja na minha frente.
- Oi! – Ele diz abrindo um largo sorriso molhador de calcinhas.
- Oi! o que você está fazendo aqui? - Droga, porque perguntei isso para ele?
Alice, sua lerda o parque é público e você não tem nada a ver aonde ele vai – digo a mesma.
- Eu não estava conseguindo concentrar no trabalho, então resolvi correr um pouco para colocar os pensamentos em ordem, porém não imaginava encontrá-la aqui – ele responde me olhando de um jeito como se quisesse ver a minha alma.
- Eu gosto de vim aqui para pensar também – respondo a ele.
- E o que você estava pensando? – PORRA! E agora como saio dessa?
- Desculpa Otávio, eu preciso ir - digo.
- Posso te dar uma carona? – Ele me pergunta chegando mais perto de mim e eu sinto o seu cheiro. Ele exala sensualidade.
Sai logo daí Alice – digo a mim mesma antes que acabe me jogando em seus braços.
- Obrigada, estou de carro. A gente se ver por aí – digo e saio antes que ele possa dizer qualquer coisa.
Otávio
Alice sai praticamente correndo como se estivesse fugindo de algo. Será que ela está sentindo o que eu estou sentindo?
O destino está mesmo usando das suas artimanhas conosco. Eu venho correr para tentar colocar meus pensamentos no lugar e acabo encontrando com aquela que está bagunçando eles.
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Magnetismo do Amor - Série Artimanhas do Destino # 1
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