- Mãaaae! Paai!! Chegueei!!– gritei ao entrar pela porta com os óculos e chapéu de sol ainda postos porque o clima já estava a ferver! Era véspera de Natal e eu tinha prometido que vinha passar o Natal a casa.
Ah sim! Devem estar a se perguntar onde é que eu estava.
Bem, como os meus pais tinham me dito para esperar pela resposta deles quanto a eu poder ir estudar cinema (coisa que ainda não responderam e pra dizer a verdade eu meio que desisti de puxar o assunto) e eu não queria ter de ficar por aqui enquanto todos os meus amigos estavam a fazer algo de jeito com as suas férias e eu, tecnicamente já tinha terminado todas a disciplinas do secundário e as extras que temos de ter para entender mais como governar decidi fazer algo que sempre quis fazer:
Viajar.
Então sim. Resolvi viajar mas apesar de eu ter feito dezoito anos os meus pais disseram que eu não devia ir andando por aí sozinha e portanto que se fosse para eu ir sozinha podia ir tirando o cavalinho da chuva. E é aí que o meu anjo da guarda, cavaleiro de armadura branca com olhos azuis hipnotizantes e cabelo da cor do chocolate veio em meu socorro e disse que fazia questão de ir comigo. Não tinha como os meus pais dizerem que não e por isso deixaram sem esquecer de deixar umas regras embaraçosas claras:
- Meninos nada de tomar bebidas em desconhecidos e tomem muito cuidado com carteiristas. Eles são como fantasmas e nunca sentimos a mão no bolso. – avisou a minha mãe e acenamos com a cabeça.
Como fantasmas? Mas fantasmas não existem... Será que a minha mãe acredita nessas coisas? De onde é que ela tirou essas ideias? Aposto que é aquela cigana que ela andava a ir visitar para descobrir o futuro a partir das cartas. Pff, ela deve é ter apanhado um susto quando falei que queria ir para a Califórnia e quis ir ter a certeza que a minha sanidade mental não iria piorar daí para a frente e teria de me internar num hospício.
Notem que não sou eu quem anda a falar de fantasmas.
Só estou dizendo...
Revirei os olhos. – Sim mãe. Já sabemos disso. – disse pela milésima vez.- Não somos crianças.
O meu pai engasgou-se.
- Sim, não são crianças mas sabem que, bem... como dizer isto? – ele passou as mãos pelos cabelos grisalhos. – Que há um tempo para tudo certo? E que ainda pode ser cedo para certas coisas. Não que eu esteja a te proibir de nada! – apressou-se a acrescentar.
Eu manti uma expressão de parva porque o meu pai não estava a dizer coisa com coisa mas quando percebi rapidamente me tornei num tomate e levei as mãos aos ouvidos para tapá-los.
- Nop. – declarei virando-me para a porta do quarto deles onde estávamos para que eu pudesse me livrasse deste momento constrangedor. – Nós não vamos ter esta conversa. Somos uma família muito moderna e aberta mas nop. Isso não vai acontecer. Fui! – despedi-me e fui para o meu quarto fechando a porta.
Credo! Só de imaginar que o meu pai anda a pensar em mim e Philip fazendo essas coisas fez-me fazer cara de quem comeu algo que não gostou e ia vomitar. Entrei no meu quarto ainda perplexa e liguei o meu telemóvel encontrando múltiplas mensagens de Jaz a querer saber o que eu ia levar na mala e a dar-me algumas dicas do que ver e fazer enquanto estiver em paris. De acordo com ela se formos a Paris era obrigatório irmos à Disneyland Paris. Sem desculpas.
Revirei os olhos lhe respondendo e passando os olhos pela outra mensagem que era de Philip dizendo: _
- Estou á tua espera. Todo o mundo está excitado por te conhecer.
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CENA REAL (Como Ser Uma Princesa Livro 2)
Ficção AdolescenteAlexandra fez a sua escolha e agora embarca numa nova aventura. Ela vai frequentar a prestigiada California College of the Arts onde irá estudar cinema. Sem querer ser tratada de modo diferente ela omite a todos que é uma princesa e está livre para...