CENA REAL (Como Ser Uma Princesa Livro 2)

XXIII

XXIII
respira. - pensei para comigo mesma. - respira beeeeeeeem fundo.
Ninguém vai nos matar aqui.
Certo?
Engoli em seco e a mão de Adam apertou a minha mais uma vez dando-me uma sensação de conforto.
Olhei para ele e ele mantinha a cara séria e o queixo flectido mas estranhamente confortante.
Estou com Adam. Vai correr tudo bem. - assegurei-me e voltei a atenção ao mundo real.
Entramos por uma porta nos confins do casino e para no caso de já estarmos fora do campo de visão dos outros mandei uma mensagem a Jaz a dizer que estamos vivos (por enquanto) e que podiam ir-se embora se quiserem.
- Bem vindos à sala VIP - disse-nos Fabiolo mostrando-nos de braços abertos a sala gigante com aquários imbutidos nas paredes vermelhas de veludo e três sofás pretos gigantes posicionados em forma de circulo à volta de uma mesa circular preta e baixa com copos de champanhe e whiskey já prontos para serem bebidos.
- Por favor sentem-se. - Ele pediu apontando com delicadeza para o sofá oposto a ele e quando nos sentamos ele também o fez, cruzando uma perna na outra e desabotoando um dos botões do seu fato Dolce&Gabanna. - Então, recém casados hã?
Adam tinha de volta ao seu rosto aquele sorriso desafiador e tentador ao mesmo tempo.
- Pois. Ainda não sei como fui capaz de ter tanta sorte. - ele falou ao olhar para mim. Sabia que era tudo representação mas não pude deixar de sentir um pouco de aceleração no peito.
- Ela é deveras uma pedra preciosa. - Fabiolo concordou me analisando.
Sorri timidamente e olhei para baixo colocando uma mexa de cabelo imaginária por detrás da orelha.
- Mas voltando ao motivo pela qual te trouxe aqui rapaz, - continuou ele dirigindo-se a Adam - é porque gostei de ti. Acho que serias uma Adição perfeita ao meu gan... Err. - deu uma pausa e sorriu. - grupo de amigos por assim dizer.
Gangue? Ele ia dizer gangue? Ok agora a coisa é séria.
- E o que ganharia eu se aceitasse? - Perguntou Adam fingindo estar a considerar. Ou pelo menos eu esperava que ele estivesse mesmo fingindo.
- Ora meu rapaz. Ser meu amigo é de grande vantagem e privilégio. - explicou Fabiolo. - Imaginas ter tudo o que desejares num estalo de dedos sem que ninguém se atreva a dizer não?
Porque senão era morto?
Engoli em seco.
Olhei para Adam tentando não parecer assustada mas acho que falhei terrivelmente porque Fabiolo captou a minha mudança de expressão.
- Oh Querida - falou suavemente - não se preocupe. Nada de mal acontecerá. - desviou o olhar para Adam - se o seu marido aceitar.
Como é que Adam teve a capacidade de manter a calma e ainda servir-se de um copo de whiskey sem sequer ser-lhe dito que podia com tanta naturalidade, confiança e elegância quando o gajo acabara de implicar que se ele não o fizesse estaríamos fritos?
Eu estava quase a mijar-me nas calças.
- Está bem. - disse ele descontraidamente pousando o copo de volta da mesa e voltando a aconchegar-se na costa do sofá apertando mais o seu braço na minha cintura fazendo o meu cérebro derreter.
Por um momento perdi a noção das coisas até me dar conta do que ele tinha dito.
- O quê?! - exclamei em voz alta olhando pra ele como se fosse louco mas ele me ignorou.
Fabiolo abriu um sorriso largo de quem tinha acabado de ganhar a loteria.
- Fantástico! Magnifico!
- Mas com uma condição. - Adam concluiu e o sorriso de Fabiolo esmoreceu dando lugar a uma expressão de desconfiança.
O que Adam estava fazendo pelo amor de deus? Tentando nos sentenciar a morte prematura?
Isso é um absurdo!
Eu não posso morrer agora. Ainda tenho um país para governar e dar a luz ao futuro heirdeiro ou herdeira do trono da Inglaterra.
E ainda por cima nem me casei!
Recuso-me a deixar que Adam nos mate com esse plano qualquer que ele tenha o que quer que ele seja.
Preparei-me para contestar mas mais uma vez ele foi mais rápido:
- Estou à procura de um rapaz, um ator, chamado Jake Miller que desapareceu em Los Angeles e segundo ouvi dizer ele estava cá em Las Vegas.
Fabiolo pareceu desconfiado.
- E porquê o interesse no rapaaz? - perguntou e eu também me perguntei como iríamos sair dessa.
- Digamos que... - Adam olhou diretamente para Fabiolo e sorriu misteriosamente - temos uns assuntos para pôr em dia e gostaria de fazê-lo pessoalmente. Mas, como pode ver, com ele desaparecido fica difícil fazer isso.
Fabiolo acenou a cabeça levemente e sorriu por entre o seu charuto cubano.
- Percebo. - disse - Sr Ansel, é ainda mais interessante do que pensava. Qual é a sua proposta?
- Fácil. - respondeu Adam. - Encontre-me Jake vivo e são e me diga onde ele está e sou todo seu.
- Otimo!- Fabiolo replicou estendendo a mão. - Se é assim então temos acordo.
- Ótimo. - Adam rebateu e apertou a mão dele sacudindo-a.
Agora não há como voltar atrás.
O pacto com o diabo foi feito.
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Arg! Gente tive um bloqueio de um mês só pra faZer este capítulo de transição que não tava saindo de jeito nenhum! Mas consegui! Agora vou continuar mais rápido se Deus quiser :D

Foto do nosso Fabiolo Regnancio (mas onde é que eu fui pensar num nome desse?? Acho que nem existe😂 ) em cima.

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