XXIV

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                                                                                  A LOVELY NIGHT


- Meu deus. – Deixei o ar que eu nem sabia que estava a suprimir sair. – Esse encontro foi de tanta pressão que até sinto náuseas.

Coloquei a mão na testa e inspirei o ar da noite já fora do casino.

Adam deu uma gargalhada e finalmente largou a minha mão quando já estávamos fora da visão de Fabiolo e dos seus capangas que fizeram questão de nos acompanhar até á porta do casino.

Olhei para ele incrédula.

- Adam, o que estás a rir? Aquilo foi perigoso! – dei-lhe um tapa no ombro.

- Oh docinho, tem alguma fé no Ansel pode ser? – olhou pra mim divertidamente. – Nunca pensaste que íamos sair dessa não é?

- Podes crer! – exclamei. – até comecei a fazer uma lista mental das decorações que ia querer no meu funeral.

Adam riu-se ainda mais fazendo troça do meu estado de choque.

- Tu és tão extra de vez em quando Alex. – revirou os olhos. – eu tinha tudo sob controle.

- Admito que o teu nível de controle e calma até me assustou. – baixei a cabeça e perguntei-lhe o que estava me incomodando desde quando saímos do casino. – Adam...

- Sim? – mirou-me enquanto fazíamos o caminho a pé de volta ao hotel admirando as luzes da cidade.

- Quando disseste que ias te juntar a eles quando ele nos entregasse Jake... - a minha voz falhou por um segundo. – estavas a falar a sério?

A cara dele tornou-se séria de repente e não me fitou ao responder.

- Não nos preocupemos com o futuro.

Eu quis rebater mas uma dor dos pés impediu-me.

- Ouch! – reclamei.

- O que foi? – inqueriu Adam subitamente alerta.

- Hum.. nada demais. – menti. – pensei que andar de saltos altos de plataforma não iria me incomodar o tornozelo mas acho que não estava à espera de fazer este caminho todo a pé.

- Então porque não calçaste umas sapatilhas ou sandálias rasas?

- Estás a brincar comigo?! – perguntei não acreditando na pergunta que ele tinha feito. – Isso iria matar o meu look! Não combinava!

Adam suspirou alto revirando os olhos e parou no meio da rua para tirar os sapatos.

- Mulheres. – reclamou.

- O que estás a fazer Adam?

- A menos que queiras andar com os pés no chão frio ou continuar calçada e com dores porque de certeza que não te vou levar nas costas até o hotel nem que me implores – ofereceu-me os sapatos dele – calça-te e para de reclamar no meu ouvido.

Fiquei de boca aberta mas aceitei os sapatos.

- Mas e tu? – perguntei não querendo que ele apanhe um resfriado por causa disso.

Ele deu de ombros e colocou as mãos no bolso com a camisa já bem desabotoada como se nada fosse.

- Tenho meias grossas não faz muita diferença.

Tirei os meus saltos e coloquei os sapatos gigantes dele que ficavam largos mas ainda dava para arrastar.

- Obrigada. – agradeci suavemente. – ás vezes consegues ser um cavalheiro quando queres.

CENA REAL (Como Ser Uma Princesa Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora