XXXVII

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Deixa-me esclarecer uma coisa.
Uma festa de Hollywood é exatamente igual a qualquer outra.
Única diferença? Todo o mundo está vestido em roupas que custam mais do que o salario de uma pessoa normal.
O lugar onde era a festa era onde já tinha sido feito inúmeras festas a seguir aos grammys e os Óscares e agora cá estávamos nós.
Louco hein?
- Leo! – exclamei da porta assim que avistei Leonor que falava alegremente com Jaz e Ming e fui ter com elas. – como estás? Não te vejo há tanto tempo.
Deus. Reparei que andava a dizer isso a toda a gente.
- Eu sei! – ela respondeu balançando o cabelo que sempre mantinha curto com as madeixas loiras, se bem que agora estava mais escuro o que dava um toque elegante e fazia-lhe parecer mais com Luna. – não te vejo desde o casamento acho eu, já que não pude ir à festa da Jaz.
Jaz fez beicinho e Leonor retornou o beicinho com cara de vitima.
- Pois é. – entrei. – Mas conta. O que tens andado a fazer? Trouxeste o Jean-Piérre– contigo? Como é viver tão longe da Luna? Esquisito né?
Escusado dizer que desde o casamento que Luna se mudou para o Canadá com Max.
Ela riu-se com tanta pergunta que eu tinha feito de uma só vez.
- Como já sabes eu tenho andado a viajar fazendo trabalho voluntario pelos países mais pobres do mundo então nem tenho parado muito em Madrid mas sim, sempre que estou lá é mesmo muito estranho não ter Luna comigo. E falando sobre Jean-Piérre - - ela corou – tudo está indo tão bem… ele é o máximo.
Jaz levantou o seu copo e fingiu fazer um brinde sozinha.
- Tudo graças a mim. – ela disse. – quem tem Jasmine tem tudo.
Eu, Ming e Leonor reviramos os olhos ao mesmo tempo.
- Quem tem Jasmine tem tudo mesmo. – Ethan apareceu de trás abraçando Jaz e dando-lhe um beijo no pescoço. – vamos dançar amor?
- Dançar?! – eu exclamei surpresa – desde quando é que tu gostas de dançar E? tu eras o primeiro a tentar escapar das aulas de dança quando éramos mais novos. – olhei para Jaz acusadoramente. – onde está o Ethan e o que fizeste com o meu primo?
Eles caíram na gargalhada. pa
- Sabes o quão persuasiva eu posso ser. – Jaz respondeu com um sorriso malicioso e virou-se pra Ethan que devolveu esse sorriso. – não é verdade amor?
Eu quase que ia vomitando.
- Ew, saiam daqui. – pedi.
- Não sejas tão dramática Al. – Ethan disse e pegou na mão de Jaz andando para a pista de dança. – divirtam-se!
Leonor seguiu-os entretidamente com os olhos.
- Como foi que isso aconteceu? – ela inqueriu.
Eu dei de ombros e engoli um gole da minha bebida.
- Não faço a mínima ideia. – avistei um certo cabelo preto ao lado de Max – vou indo por um momento.
Sai de lá deixando Leonor a falar com Ming e Dylan que entretanto se aproximou e andei o mais depressa possível sem correr tentando conter a minha excitação de correr e pular em cima dele. Em vez disso cheguei perto e taapei-lhe os olhos com as mãos.
Ouvi-lhe a rir e a pôr as suas mãos nas minhas.
- A sério Alex? Achas que não sei que és tu?
Larguei as mãos e ele virou-se encontrando-me de braços abertos e um sorriso estupido na cara pronta pra saltar no colo dele.
- YAZIIIIIIIID! – pulei em cima dele quase fazendo-o cair no chão.
Ele ficou em choque mas recuperou-se rapidamente abraçando-me de volta sem perder a sua compostura impecável como sempre.
- Tive saudades tuas sua maluquinha.
- Também eu! Muitas, muitas, muuuuuuuuitas. – falei como uma criança saindo do seu abraço e reparando em Isabella vermelha de tanto segurar o riso. Larguei Yazid e abraçei-a. – Beeeeella!! Adorei o livro que me deste no Natal. Tens de me fazer uma lista de outros livros para eu ler.
- Gostaste?! Ainda bem. Tenho montes de outros que de certeza vaais adorar! Depois envio-te os nomes.
- A sério? Sim , adoraria.
- Ok, ok. – Yazid interrompeu-nos. – por mais que eu adore vos ver se dando bem, gostaria de roubar Alex só pra mim durante uns minutinhos pode ser querida?’ – perguntou a Isabella.
Ela fez que sim com a cabeça e Yazid deu-lhe um beijo rápido antes de sairmos de junto da multidão para a varanda onde não se ouvia o barulho.
- Como é que eu e tu sempre acabamos numa varanda?- perguntei humoradamente.
Yazid deu um pequeno sorriso e inclinou-se para sentar-se ao meu lado com o seu cabelo a cair para a frente como sempre.
- Eu não entendo como é que o teu cabelo é mil vezes mais bonito do que o meu. – reclamei. – não é justo.
[ ] - Não se pode ter tudo na vida. - ele brincou e tirou o cabelo da face com os dedos.
Atirei-lhe a lingua de fora e ele caiu na gargalhada.
- não, mas agora a sério Alex.
- O quê? - perguntei com as mãos cruzadas chupando a chupeta de morango que encontrei por acaso entre os outros doces que haviam na mesa.
- Eu estive na estreia. E vi o filme. - olhou para mim de soslaio.
Endireitei-me no lugar.
- Ah viste? - falei não olhando directamente para ele. de repente o meu chupa chupa tornou-se mil vezes mais interessante. - Boa.
- Alex... - yazid tinha um tom mais sério.
- Hum? - esta chupeta está mesmo boa.
- Eu conheço-te. - apontou o facto. - E pelo modo que estavas preocupada tenho a certeza de que aquilo que vimos não foi tudo o que aconteceu.
Bufei e olhei para o outro lado.
Não conseguia enganá-lo nem se quisesse.
Ele enconstou-se na parede com os pés esticados e cruzados e com a cara para o céu.
- Quando quiseres. - disse ele à espera. Era óbvio que ele não iria sair dali até que eu dissesse mais alguma coisa então mais valia eu dizer duma vez.
- Está bem, está bem! - rendi-me. - Fui para a cama com ele e disse-lhe que o amava.
Yazid fitou-me intensamente e depois voltou a cara para o céu.
- Hm. - sim, ele respondeu-me com um hm.
- Hm? - repeti - É isso que tens a dizer? Sabia que não devia dizer-te isso. - passei a mão freneticamente pelo cabelo. - És o melhor amigo do Philip . É óbvio que me vais julgar-me.
- Ei. - ele agarrou-me na mãos fazendo-me fitá-lo. - sou o teu melhor amigo também. E acho que não o deves fazer.
- Fazer o quê? - eu perguntei.
- Hey docinho! - Adam apareceu na varanda com o cabelo já despenteado e meio feliz demais, provavelmente fruto de umas bebidas. - Vamos abrir o champanhe. - a seguir viu Yazid e apertou-lhe a mão. - Yaz! Não te vejo há muito tempo. - Voltou-se para mim. - Vens?
- Er.. - hesitei e a seguir acenei que sim.
- Fixe! - Adam abriu um sorriso. - vamos. Yaz, foi bom te ver.
Yazid acenou -lhe com a cabeça sem dizer nada.
Eu segui Adam mas antes de perdê-lo de vista olhei mais uma vez para Yazid que se deixou ficar pela varanda.
- Tem cuidado. - foram as suas últimas palavras .

*-*
Juntou-se toda a gente e tentamos cortar o bolo todos juntos ao mesmo tempo o que claramente não deu certo. O bolo espalhou-se por todo o lado e a rir eu e Adam pegamos ao mesmo tempo na garrafa de champanhe.
- Larga. - ordenei.
O seu sorriso desafiante e irritante apareceu-lhe na cara.
Aqui vamos nós.
- Larga tu. - ripostou.
- Adam.. - avisei com cara séria. - larga a garrafa.
O sorriso dele cresceu e se inclinou para mim.
- Ou o quê, ahn Alex? O que é que a princesa mimada vai fazer se eu não te dar a garrafa?
A minha irritação cresceu mas logo tive uma ideia.
Retornei o sorriso e aproximei-me dele. A única coisa que estava entre nós era a garrafa que ambos agarrávamos até eu largar uma das mãos.
- Oh Adam, querido e ingénuo Adam. - sorri-lhe com cara de anjo e ideias de diabinha - quantas vezes já te disse que esta princesa mimada tem sempre o que quer?
Ele viu que eu estava a planear algo e o sorriso dele esmoreceu.
- Alex o que estás a pensar fa...
Boom. Deitei-lhe o bolo à cara e agarrei a garrafa.
Os outros todos riam da cara chocada cheia de chocolate de Adam.
- Tu estás mesmo tramada Alexandra. - Adam rosnou me assassinando com os olhos.
Eu abri-lhe um sorriso enorme e desatei a rir com a cabeça para trás.
- Relaxa Stone. Sorri um pouco. Rugas fazem mal.
Andei para o meio dos meus amigos, com Jaz e Yaz do meu lado e todos os outros à volta. Amigos de antes e os de agora. Como os adoro a todos...
Olhei de um lado para Jaz e para o outro a Yazid e acenei com a cabeça.
Nós os três agarramos juntos na garrafa.
- A nós. - eu falei.
E abrimos as portas à Alegria.
Juntos.

CENA REAL (Como Ser Uma Princesa Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora