XXII

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- Bem, isso foi... - Philip começou.

- Intenso? Chocante? Aterrador? - conclui. - a lista continua.

- Temos de arranjar uma forma de retirar informações desse tal de Fabiolo o quanto antes. - Adam falou.

- Sim mas como? - Dylan questionou.

Todos ficamos calados até que eu falei o que todos estavam a pensar mas ninguém sequer pensou em falar em voz alta.

- Temos de entrar no circulo de confiança dele.

- Mas Alex isso é perigoso! - philip exclamou me encarando sendo a voz da razão - Não quero que te magoes.

- Philip, é a única forma de encontrar Jake! - expliquei. - sabes que não podemos voltar sem ele.

- E se algo acontecer contigo? - ele agarrou-me na face com as duas mãos.

- A Alex sabe tomar conta de si mesma. - Adam interveniu com os lábios cerrados e olhei para ele de relance.

Faz-me sentir bem saber que Adam tenha tanta fé em mim. Sorri internamente.

Philip suspirou derrotado.

- Está bem mas tem cuidado por favor. - pediu com carinho e eu beijei-lhe a mão que estava na minha cara.

- Não te preocupes comigo Fifi. - assegurei-lhe. - eu fico bem. Prometo.

- Fifi? - Adam não se conteu. - mas que raio de alcunha maricas é essa?

Vi que Philip ficou zangado com a situação e na verdade também eu. E com tudo que acabamos de descobrir eu simplesmente não tinha paciencia para oss insultos de Adam a Philip.

- ADAM POR UM MOMENTO CALA A BOCA! - explodi na cara dele provavelmente esmagando a mão de Philip. - Dá pra parares de insultar o meu namorado? Nada que ele faz parece te agradar. E está bem, és livre para não gostar dele mas por favor guarda as tuas opiniões para ti.

Todos à volta ficaram constrangidos e surpreendidos com o meu súbito comportamento e pareciam ter até medo de mim nesse momento mas não a pessoa a quem a fúria foi dirigida.

Ficou surpreso? Sim.

Desatou a correr ou mostrou sinal de fraqueza? Nem por sombras.

Adam era feito da mesma face da moeda que eu. Sabia exatamente o que esperar de mim, o meu temperamento e os meus limites.

Porque nós eramos exactamente iguais. Fogo com fogo. Suficiente para fazer acordar um vulcão.

- Ok, tens razão - admitiu ele não se mexendo do lugar nem parecendo afetado. Olhou para Philip.- Desculpa, não vou te insultar mais. Há pessoas que não foram feitas para aguentar piadas.

Bufei.

Não foi o pedido de desculpas ideal mas serve.

Philip assentiu elegantemente sem nunca perder a postura e estendeu-lhe um braço.

- Desculpas aceites. - disse. - Tréguas?

Adam olhou para a mão dele e a seguir para a cara com uma expressão de "estás a gozar comigo?".

- Olha cá principezinho, eu pedi desculpas mas isso não nos torna amigos. Que isso fique bem claro.

- Adam... - Avisei.

- Não, - Philip interveniu - está bem assim Alex. Ele tem razão - lançou um olhar não tão amigável a Adam - nós não somos amigos.

- Então... - Jaz veio lentamente ao meu socorro no campo de batalha tentamdo amenizar a tensão que nós os três emanávamos. - Como vamos fazer para entrar no circulo de Fabiolo e fazê-lo acreditar que somos de confiança?

CENA REAL (Como Ser Uma Princesa Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora