Capítulo 32

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Quando o filme estava quase acabando, todas as luzes da casa se apagaram e eles ficaram na completa escuridão. Miguel levantou-se e chamou por Manoella, pedindo que ela trouxesse lanternas para poderem iluminar o ambiente.

Diego abriu as cortinas, mas foi em vão, a chuva estava demasiado forte e o dia parecia noite.

- O que vamos fazer agora sem luz? – perguntou quando se sentou novamente no sofá, ao lado de Wesley.

- Aguardar a luz voltar – falou Wesley.

- Ou jogar bilhar de novo – supôs Miguel.

- Ótima ideia Miguel, assim a gente pode ganhar de Wesley agora.

- Não mesmo – riu-se o rapaz – Vocês vão perder outra vez.

Os três se levantaram na penumbra e com cuidado, subiram ao segundo andar até o salão de jogos.

Manoella apareceu com as lanternas cinco minutos depois.

- Deseja mais alguma coisa senhor Miguel? – perguntou com delicadeza.

- Sim Manoella, traga-nos três refrescos de frutas.

- Sim senhor – disse se retirando com elegância.

- Agora você vai ver o que é bom para tosse Wesley – falou Diego colocando as bolas em cima da mesa – Desta vez eu ganho.

- Quero só ver – falou Wesley segurando o taco.

- Eu prefiro não apostar em quem vai ganhar, da outra vez eu perdi dois mil reais – falou Miguel rindo.

Os três riram brevemente e começaram a jogar.

Em determinado momento, enquanto estava abaixado para jogar, Wesley sentiu alguém passando a mão em sua bunda, mas fingiu que nada aconteceu. Quem teria feito isso?

- E é gol – disse encaçapando mais uma bola, ficando assim mais uma vez na liderança.

- Não conte vitória antes do tempo – recomendou Miguel, jogando.

Ele errou. Era a vez de Diego, que também errou. Wesley por sua vez, acertou.

- Caramba, ou nós somos muito ruins, ou você que é muito bom – disse Diego.

- Deve ser um viciado hein – disse Miguel sorrindo.

- Fazia muito tempo que eu não jogava bilhar – falou Wesley com sinceridade, Diego finalmente acertara – Eu gosto desse esporte, ele faz movimentar todo o corpo e deixa os braços fortes.

E novamente acertara a bola.

- Mas os seus braços já são fortes – admitiu Miguel – Não precisa ficar mais forte, está muito bom assim.

Wesley corou. Diego aprovou o que o irmão disse com um aceno de cabeça.

Estava acabado. Mais uma vez ele tinha ganho dos irmãos, sua auto-estima estava em alta agora.

- Parabéns, eu reconheço que você é um excelente jogador – admitiu Miguel.

- Obrigado, Mig.

- E agora, o que iremos fazer?

- Querem jogar outra vez? – sondou Miguel.

Wesley olhou no relógio de pulso. Seis da tarde.

- Já tenho que ir – falou Wesley aos irmãos.

- Mas ainda está cedo – reprovou Diego – Ainda nem escureceu!

- Mas é que eu ainda tenho que falar com meu irmão sobre um assunto importante – falou Wesley – E ele dorme cedo.

Os Dois Irmãos (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora