Capítulo 29

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Diego coçou os olhos e em seguida abriu-os. Ele estava em um quarto até então desconhecido, um quarto feminino e muito bem arrumado. A cama era confortável, porém nada equivalente a sua própria cama.

Ele se sentou sentindo-se levemente nauseado. Onde estaria? Saiu da cama devagar, sua cabeça girava lentamente e seu estômago estava dolorido.

Caminhou até a porta e saiu. Deu de cara com um estreito corredor onde continham mais duas portas. Fez menção de entrar na última porta do lado direito, mas decidiu não fazê-lo. Ao invés disso, seguiu pelo corredor, entrando em uma sala ligeiramente pequena que era habitada por uma única pessoa que estava no sofá, assistindo televisão: Thaisy.

- Ah, olá belo adormecido – disse a amiga sorridente ao vê-lo.

- Bom dia – respondeu Diego com uma voz mais grave que o normal – Esse é seu apartamento?

- Sim – falou Thaisy – Não é nada comparado a sua bela casa, mas acho que dá para o gasto – completou rindo-se.

- O que eu estou fazendo aqui? Por que não estou em casa?

- Você bebeu além da conta e apagou. Wesley não sabia onde você morava e me ligou, decidimos trazer você para cá, pelo menos aqui você fica seguro.

- Eu não me lembro de nada – disse sentando-se no sofá vago – O que aconteceu ontem à noite?

- Nada demais, você apenas bebeu além do limite.

Diego esfregou os olhos, apenas naquele momento se deu conta de que sua cabeça doía.

- Você está bem? – perguntou Thaisy.

- Sim, obrigado, só estou com um pouco de dor de cabeça.

- Isso é normal. Quer comer alguma coisa?

- Ah... Acho melhor não, quero ir para minha casa, preciso de um bom banho e de cama.

Thaisy sorriu.

- Acho melhor você comer alguma coisa primeiro, vamos, eu faço um sanduíche para você.

Diego foi vencido. Eles se levantaram e foram para a cozinha. Thaisy abriu a geladeira e pegou alguns ingredientes que achou necessário. Ela fez dois sanduíches de peito de peru, um para ela e outro para o hóspede. Como bebida, preparou um suco de abacaxi.

- Eu não sabia que você estava na balada com a gente – falou Diego.

- É, foi coincidência.

- Hum...

Eles terminaram de comer e voltaram para a sala.

- Sente-se melhor?

- Mais ou menos, a minha cabeça está muito pesada, mas eu já estou melhor. Obrigado.

- Se quiser pode voltar a dormir...

- Não, não precisa se incomodar, você já fez demais me hospedando em seu apartamento, eu preciso mesmo é ir para a minha casa.

- Então se vista que eu te levo.

- Não se preocupe, eu vou sozinho...

- Você não está em condições de dirigir, não me custa te ajudar mais um pouco.

Thaisy entrou no gramado da propriedade dos Castelli e não pode deixar de se admirar com a beleza daquela mansão.

- É muito linda – disse à Diego com sinceridade.

- Obrigado. Ideia do meu pai, ele idealizou essa casa por muitos anos e aos poucos, conseguiu erguê-la.

- Isso é que é determinação. Bom, está entregue.

Os Dois Irmãos (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora