Capítulo 63

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Paty chegou na casa do namorado pouco antes da hora do jantar.

- Como foi o primeiro dia? – perguntou Eduardo, curioso.

- Tranquilo. Só fiz um teste – falou a morena.

- Ah, imaginei. Você chegou cedo.

- Vamos jantar fora?

- Ótima ideia – disse Eduardo pegando a noiva no colo – E é por minha conta.

- Essa é a melhor parte.

O casal seguiu para o quarto aos beijos. Vez ou outra, Eduardo derrubava algum enfeite pelo fato de estar de olhos fechados.

...

- Eu adorei o rapaz – disse Marlene eufórica – Ele é de família importante.

- Ele me parece ser um bom moço – comentou Maurício enquanto fumava um charuto antes do jantar – Embora Joyce não tiver contado nada.

- É. Mas isso é o de menos. O que importa que ele tem nome.

- E dinheiro também.

- Isso não conta. Dinheiro nós temos aos montes.

- Posso servir o jantar dona Marlene? – perguntou Marta ao entrar na sala de televisão.

- Pode sim Marta. Obrigada.

O casal se dirigiu para a sala de jantar discutindo o novo genro. De certo que seria uma excelente oportunidade de realizar o casamento de Joyce, o rapaz era notável.

...

Miguel suspirou e olhou para Wesley, que retribuiu o olhar sem pestanejar.

Sem nem pensar duas vezes, se abraçaram. Wesley pôde sentir o calor do corpo do patrão, que ainda vestia os trajes sociais da empresa.

- Eu amo você – disse Miguel, em tom baixo no ouvido esquerdo de Wesley.

- Eu também amo você – disse Wesley no mesmo tom.

A atitude partiu de Miguel. Quando Wesley notou já estava sendo beijado. O hálito refrescante do empresário fez com que Wesley sentisse ainda mais desejo pelos lábios do rapaz.

Era um beijo compassado e romântico: Miguel acariciou os cabelos rebeldes de Wesley e este, por sua vez, passou os dedos pela nuca do parceiro.

O beijo não demorou muito tempo. A fome de Miguel falava mais alto naquele momento.

- Estou faminto – revelou o loiro de olhos azuis.

- Eu também – assumiu Wesley sorridente.

- Vamos, jantamos fora, os três. Assim podemos conversar entre si.

- Não acho que seja uma boa ideia jantar fora – falou Wesley, agora sério – Temos que conversar os três. Melhor que seja aqui.

Diego sentiu um cheiro conhecido quando finalmente sentou-se no sofá: o perfume de Wesley. Estava com o nariz em uma almofada quando Miguel entrou na sala e disse:

- Vamos jantar aqui mesmo, tudo bem para você?

- Sim. É melhor.

- Pede uma pizza para nós Wesley – pediu Miguel.

Wesley foi ao telefone e ligou para a pizzaria. Pediu apenas uma, uma bastava. O sabor escolhido fora frango com catupiry.

Diego já estava no terceiro pedaço quando Wesley finalmente falou:

- Então, como ficamos?

- Está em suas mãos – disse Miguel bebendo refrigerante.

- Você é o dono da razão – disse Diego.

- Então, sendo assim, eu quero uma semana para pensar.

- Uma semana? – repetiram os dois irmãos.

- Isso. Longe de vocês.

- Fechado – disse Miguel – Na outra quarta feira você nos procura e nos dá a resposta.

- Concordo.

Terminaram de comer e depois de vinte minutos, Miguel e Diego foram embora.

Wesley deitou-se àquela noite com os pensamentos trabalhando incansavelmente. Era necessário escolher com quem ficar. Mas ele não sabia qual atitude tomar.

Os Dois Irmãos (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora