Paty chegou na casa do namorado pouco antes da hora do jantar.
- Como foi o primeiro dia? – perguntou Eduardo, curioso.
- Tranquilo. Só fiz um teste – falou a morena.
- Ah, imaginei. Você chegou cedo.
- Vamos jantar fora?
- Ótima ideia – disse Eduardo pegando a noiva no colo – E é por minha conta.
- Essa é a melhor parte.
O casal seguiu para o quarto aos beijos. Vez ou outra, Eduardo derrubava algum enfeite pelo fato de estar de olhos fechados.
...
- Eu adorei o rapaz – disse Marlene eufórica – Ele é de família importante.
- Ele me parece ser um bom moço – comentou Maurício enquanto fumava um charuto antes do jantar – Embora Joyce não tiver contado nada.
- É. Mas isso é o de menos. O que importa que ele tem nome.
- E dinheiro também.
- Isso não conta. Dinheiro nós temos aos montes.
- Posso servir o jantar dona Marlene? – perguntou Marta ao entrar na sala de televisão.
- Pode sim Marta. Obrigada.
O casal se dirigiu para a sala de jantar discutindo o novo genro. De certo que seria uma excelente oportunidade de realizar o casamento de Joyce, o rapaz era notável.
...
Miguel suspirou e olhou para Wesley, que retribuiu o olhar sem pestanejar.
Sem nem pensar duas vezes, se abraçaram. Wesley pôde sentir o calor do corpo do patrão, que ainda vestia os trajes sociais da empresa.
- Eu amo você – disse Miguel, em tom baixo no ouvido esquerdo de Wesley.
- Eu também amo você – disse Wesley no mesmo tom.
A atitude partiu de Miguel. Quando Wesley notou já estava sendo beijado. O hálito refrescante do empresário fez com que Wesley sentisse ainda mais desejo pelos lábios do rapaz.
Era um beijo compassado e romântico: Miguel acariciou os cabelos rebeldes de Wesley e este, por sua vez, passou os dedos pela nuca do parceiro.
O beijo não demorou muito tempo. A fome de Miguel falava mais alto naquele momento.
- Estou faminto – revelou o loiro de olhos azuis.
- Eu também – assumiu Wesley sorridente.
- Vamos, jantamos fora, os três. Assim podemos conversar entre si.
- Não acho que seja uma boa ideia jantar fora – falou Wesley, agora sério – Temos que conversar os três. Melhor que seja aqui.
Diego sentiu um cheiro conhecido quando finalmente sentou-se no sofá: o perfume de Wesley. Estava com o nariz em uma almofada quando Miguel entrou na sala e disse:
- Vamos jantar aqui mesmo, tudo bem para você?
- Sim. É melhor.
- Pede uma pizza para nós Wesley – pediu Miguel.
Wesley foi ao telefone e ligou para a pizzaria. Pediu apenas uma, uma bastava. O sabor escolhido fora frango com catupiry.
Diego já estava no terceiro pedaço quando Wesley finalmente falou:
- Então, como ficamos?
- Está em suas mãos – disse Miguel bebendo refrigerante.
- Você é o dono da razão – disse Diego.
- Então, sendo assim, eu quero uma semana para pensar.
- Uma semana? – repetiram os dois irmãos.
- Isso. Longe de vocês.
- Fechado – disse Miguel – Na outra quarta feira você nos procura e nos dá a resposta.
- Concordo.
Terminaram de comer e depois de vinte minutos, Miguel e Diego foram embora.
Wesley deitou-se àquela noite com os pensamentos trabalhando incansavelmente. Era necessário escolher com quem ficar. Mas ele não sabia qual atitude tomar.
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Os Dois Irmãos (Romance Gay)
RomansaMiguel e Diego são irmãos, mas não podiam ser mais diferentes. Enquanto Miguel é responsável, e dá o sangue no trabalho, Diego só quer saber de passar seu tempo com a namorada, Amanda, e gastar o dinheiro de seu pai. Já fazia tempo que Wesley estava...