Capítulo 31

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- Wesley, telefone para você – disse Bárbara.

- Quem é, Bárbara?

- Um senhor chamado Allan.

- Pode transferir.

O que Allan queria?

- Alô? – disse a voz de Allan.

- O que você quer e por que ligou no meu emprego?

- Porque sei que se eu ligar no seu celular você não vai atender.

- Se eu quiser eu também não atendo aqui, fala o que você quer logo de uma vez, não tenho tempo para perder.

- Nossa! Eu queria te ver, te pedir desculpas...

- Me ver? Olha nas minhas fotos que você me ver. Pedir-me desculpas? Não vejo necessidade, a burrada já está feita. Mais alguma coisa?

- Mas é que...

- Então um bom dia, e, por favor, não me liga mais.

E dizendo isso ele bateu o telefone no gancho.

Os dias seguintes passaram rapidamente, quando chegou o sábado, Wesley comprou todos os móveis e utensílios que ele e Fred iam precisar para o novo apartamento.

- Comprei tudo – informou ao irmão – Quando é que o dono vai desocupar o local?

- Primeiro de outubro.

- Ótimo. Peço que eles entreguem nessa data, quando o ap. estiver mobiliado a gente muda.

- Alô – atendeu Wesley que tinha acabado de sair do banho.

- Oi, sou eu – disse Miguel.

- Fala chefe. O que deseja?

- O que você está fazendo nessa manhã de domingo?

- Absolutamente nada, por quê?

- Diego e eu estamos sozinhos em casa, meus pais e minha irmã foram para a casa de campo passar o final de semana, você não quer vir para cá nos fazer companhia?

- Ah, pode ser...

- Vou pegá-lo dentro de meia hora, apronte-se.

- Está bem então – disse Wesley.

- Até mais tarde.

- Até.

Eles desligaram e Wesley começou a se vestir, mas, o que usar?

Decidiu colocar uma bermuda jeans, uma regata preta e um tênis branco. Passou uma quantia generosa de perfume, arrepiou os cabelos, e na hora marcada, ele estava pronto.

De óculos escuros e mascando chiclete, ele esperava Miguel na frente de sua casa. O sol brilhava intensamente, mesmo no inverno eles não estavam tendo dias frios.

...

Miguel virou à esquina da casa de Wesley e ficou ligeiramente boquiaberto ao vê-lo encostado em um poste. Ele estava bonito. Miguel prestou atenção em cada detalhe do amigo, nos braços, no rosto, no tórax... Mais uma vez prendera o olhar no corpo do amigo. Isso era normal?

Ele abriu a porta do carro e Wesley entrou, Miguel conseguiu sentir o perfume do rapaz, que perfume maravilhoso!

- Como vai? – perguntou Wesley.

- Muito, muito bem – suspirou olhando para ele.

- Que bom.

Ele ainda olhava para o administrador, sentiu seu pênis crescer no meio de suas pernas, seu coração acelerou e a visão ficou ligeiramente turva. Estaria apaixonado?

Os Dois Irmãos (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora