Capítulo 40

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O sol tocou meus olhos, dando bom dia. Abri-os lentamente, encontrei Isaac me observando com um leve sorriso em seu rosto, ele tocou o meu com a ponta do dedo e beijou meus lábios.

- Bom dia – ele disse, quase num sussurro.

- Bom dia – me espreguicei.

Ele fez sinal com a mão para que eu esperasse e levantou da cama. Pegou uma rosa azul em cima de sua mesa e engatinhou até mim na cama.

- O que é isso? – sorri alegremente.

- Primeiramente por ser a melhor namorada do mundo – ele me entregou a rosa – depois por ter passado em seu teste, parabéns.

Ele sorria, e parecia verdadeiramente feliz. Porque eu estava surpresa? Aquele era Isaac, é claro que ele estava feliz por mim.

- Obrigada – eu sorri abertamente e me inclinei, beijando-o. – Você é incrível.

- Eu sei – ele riu e deu de ombros.

- Já viu sua mãe?

- Já – ele começou a brincar com nossas mãos – ela está bem, acordou de bom humor.

- Assim como você.

- Bom, podemos enfrentar a vida de várias maneiras, escolho enfrentar com um sorriso, e você ao meu lado. – ele falou, de cabeça baixa, mas os olhos fixos em mim.

Eu não conseguia parar de sorrir, e meu coração parecia fazer uma festa dentro de mim.


Tomamos café com os outros, e parecia que a confusão de ontem nem tinha acontecido, todos estavam de bom humor. O café da manhã foi regado de piadas, risos e leveza. Rose estava ótima, me abraçou várias vezes e me parabenizou pela aprovação, assim como os outros. Depois, saímos eu e Isaac para a praia.

A maré estava cheia, mas a praia estava quase deserta. Caminhamos um pouco de mãos dadas, conversando e rindo de tudo.

- Thiago era um bom namorado? – ele perguntou de repente.

- Era – eu sorri e estreitei os olhos – Aria era uma boa namorada?

- Era.

- E porque terminaram?

- Queríamos coisas diferentes – ele deu de ombros e me olhou.

- O que você quer? – perguntei mesmo já sabendo a resposta.

- Eu quero conhecer – disse – O mundo, as coisas, pessoas, línguas.

- Você quer o mundo.

O sol estava fraco, aquecia gentilmente meu corpo, como um abraço, o som do mar quase abafava nossas vozes. Isaac suspirou e respondeu:

- Sim.

- Queremos coisas diferentes – sussurrei – Vamos acabar também?

Ele parou e me olhou confuso, como que perguntando onde eu queria chegar.

- Eu quero ser médica, servir no exército, estar em casa aos domingos, casar, descansar, estar com minha família e amigos. Eu quero uma vida simples, você quer o mundo.

- Faculdade e exército envolveriam uns dez anos, não?

- Sim.

- Então eu terei o mundo por esses anos, e então ficarei em casa aos domingos, terei uma vida simples e etc.

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