Capítulo 22 - Ele te quer

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 Mel

— ...te levar ao laboratório. Acorde, sua preguiçosa.

Fui acordada da forma mais meiga e gostosa possível. Recebendo carinho nos cabelos e de conchinha com o alien mais delicioso da galáxia. E o mais grosseiro também. Mas por enquanto essa sua outra personalidade se encontra, ainda, dormindo.

— Deixe eu ficar de folga hoje, chefe.

Ele riu.

— E vai passar o dia todo no quarto? — Acariciava a minha barriga, com a ponta dos dedos.

— Só se você ficar comigo.

Zaphy me virou, me deixando de barriga pra cima. Abri os olhos e o vi me encarando de uma forma afetuosa e talvez um pouco safada também. Primeira vez que o vejo me olhar assim, sem o desejo ser a prioridade do seu olhar.

— O que foi? — Passei o dedo na ponta do nariz dele. — Por que está me olhando assim?

— Nada. — Riu e logo se deslizou para baixo, levantou a minha blusa, iniciando beijos na minha barriga.

Fiquei o olhando passear com sua língua morna sobre o contorno do meu umbigo, enquanto os meus dedos brincavam com seus fios loiros, quase brancos. Zaphy levantou apenas os olhos negros, ainda me cobrindo de beijos.

— Está com fome?

— Depende. Se for fome da comida que a ET trouxe ontem, não. — Fiz uma careta.

Ele se levantou da cama e seguiu até a mesa, que está na frente de uma janela enorme. Evitei olhar para lá. Porém evitar dar uma boa encarada nos seu peito nu maravilhoso, era querer demais

Que alien gostoso, Senhor!

— São frutas do seu planeta

— Piorou. — Não aguento mais comer frutas.

Zaphy voltou a tampar o pote retangular amarelado, e caminhou até o banheiro.

— Vou trazer algo que não seja fruta, então.

— E nem aquela pasta roxa.

— Terráquea, você é muito fresca. — Colocou apenas a cabeça para fora do banheiro, depois voltou para dentro.

Mesmo coberto pela porta, percebi que já está inteiramente despido.

Suspirei, óbvio.

— Mas aquele que parece bolo eu gostei.

— Chama-se ahtak.

— Isso, ahtak. Foi o que eu disse. — Esse troço mesmo.

Então o som de água invadiu o quarto. Eu até me juntaria a ele, mas a minha preguiça matinal não me deixa sair da cama. Cobri a cabeça com o cobertor e fechei os olhos.

A cama do Zaphy é tão macia, tem o cheiro dele e eu estou com tanto sono, mas não vou dormir, só irei ficar de olhos fechados até...

Pisquei depressa para recuperar o foco.

— Por que você fez isso? — perguntei após perceber que o cobertor foi puxado de cima de mim, na maior falta de amor ao próximo.

Zaphy aparentemente já terminou seu banho... Mas como assim tão rápido?

Não sei exatamente quanto tempo se passou após eu fechar os olhos, mas para mim pareceu apenas um segundo.

— Chega de preguiça. — Caminhou até um objeto redondo preso na parede, abriu e tirou uma peça de roupa. — Levante-se, terráquea.

620 Anos-Luz [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora