620 Anos-Luz [COMPLETO]

Capítulo 39 - Nunca mais a chame assim!

Notas Iniciais

Aqui está o capítulo fora de data marcada que eu prometi, pois vocês merecem ❤ *-* ❤

Além deste, o próximo é do Zaphy também, porque só esse alien quer aparecer e eu não consigo segurar ele.

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Abri os olhos com dificuldade, encontrando assim, o pano furado da terráquea enrolado na minha mão. Não quero me levantar pois sei que hoje será o último dia que a verei.

Por que você tinha que nascer justo aqui, terráquea?

Por que Galru?

Joguei o tecido sobre o cobertor antes de voltar a fechar os olhos. Estou com raiva de mim mesmo por me sentir assim.

Ela é apenas uma maldita fêmea, rahtzy!

Detectei uma frequência musical no meu dispositivo cerebral e resolvi ampliar para ouvi-la melhor. Talvez uma música poderia me ajudar a relaxar e afastar um pouco essa vontade insaciável da terráquea. Vontade esta, que já está se manifestando somente por citá-la na minha mente. Contudo, as palavras soam muito rápidas, muito diferente da última que ouvi. Quase impossível traduzi-las nesta velocidade. Mas mesmo assim, consegui entender algumas.

— Isso só pode ser uma piada — ri da ironia após traduzir as palavras.

A música é toda relacionada a sexo.

Melhor eu ir tomar um banho frio.

~*~

Assim que eu saí do banho, agora menos desesperado por ela, aquele pano furado sobre a minha cama voltou a ganhar a minha atenção. Sei que a terráquea está furiosa comigo, mas não quero que ela se esqueça de mim ou se lembre de uma maneira negativa. Preciso dar algo a ela. Um presente. Nunca fui de me importar com essas coisas para ser honesto, nunca sequer presenteei uma fêmea antes, no entanto, eu quero fazer isso agora.

É tão ridículo como apenas dezoito dias com ela foram capazes de me tornar um ser tão sentimental e obcecado.

Acho que apaixonado define a junção dessas duas palavras.

Que vergonha de mim!

Já sabendo o que a darei, abri todos os compartimentos do meu quarto à procura da minha esfera utópica. Entretanto, não a encontrei em lugar algum, possivelmente a destruição que aqui se situa, contribuiu para isso. Ou talvez ela realmente não esteja aqui.

Decidi ir perguntar ao meu pai se ele sabe onde está.

Ao entrar em seu quarto, logo percebi que ele não estava, então segui até a sua câmara e comecei a procurar entre as suas coisas.

No meio do amontoado de objetos, vi uma foto tridimensional da minha mãe. Peguei-a e sorri ao mesmo tempo que acariciava o seu rosto. Sinto muita falta dela, mas agora vejo que toda aquela tristeza se transformou em apenas saudade. Ao contrário de pensar no fato de não tê-la mais, penso em como foi bom o tempo em que esteve comigo.

E será da mesma forma com a terráquea. Mas nesse caso, saberei que ela estará melhor longe de mim.

O som de mensagem ecoou pelo quarto, me despertando dos meus devaneios enquanto eu observava a imagem da minha mãe. Olhei rapidamente para o laipro do meu pai que está ao meu lado, me deparando com algo estranho que me fez pegá-lo para verificar se li certo.