Descoberta - Saga Os Selecionados - Livro #1 ( EM REVISÃO )

Capítulo XXXIV - Hora do Treino

— Vai ficar me olhando ou vai conversar comigo? — Scott perguntou. Ele estava de pé frente a mesa que eu estava sentada. — O que você quer? — Eu quero saber por que beijou aquele cara na festa? — Scott eu não te devo satisfações. Falei me levantando. Ele me segurou pelo braço. — Me solta! — Falei. — Você não vai me dar às costas, Lilly. Respondeu-me. — Solta ela. Ouvi uma voz familiar soar atrás de mim. Era o Tom. — Vai para a aula, pirralho. Scott voltou a me olhar. — Lilly, ele está incomodando você? — Ele me olhou. — Estou Lilly? — Scott falou me soltando. — Está! — Scott lançou-me um olhar de ódio. — Eu não acredito nisso, Lilly. Tom entrou na minha frente me olhou e disse: — Vamos sair daqui. Scott puxou a jaqueta do Tom, mas logo soltou e gritou. — Ai! O que é isso? — Tom sorriu. — Choque, e se me tocar de novo vai ser mais forte. Scott fechou a cara, mas não falou mais nada. Saímos do refeitório o fomos caminhando sem falar nada até o jardim, ele quebrou o silêncio entre nós. — Qual é o seu lance com o recruta da CA? — Ele perguntou. — História complicada. Me limitei a responder. — Você é toda complicada pelo visto não é? — Ele sorriu. — Um pouco. Vamos treinar? — Perguntei. — Eu tenho um lugar perfeito, vem comigo. Fomos para trás do prédio da CA, lá estava vazio e tinha algumas árvores era um excelente lugar para treinarmos. Ele tirou a camiseta regata exibindo seus lindos músculos, esforcei-me para não ficar olhando. — Vamos começar. Falou ele. Apenas fiquei olhando para ele. — Você já lutou alguma vez fora do CTJ?— Não. Falei envergonhada. — Terei um longo trabalho. Ele sorriu. — Vamos logo. Falei impaciente. — Certo. Ataca-me, sem poderes. Ele me olhou. Eu não sabia por onde começar e nem o que fazer, então parti para cima dele, tentei dar um soco nele, mas ele se abaixou, me pegou pela cintura e me colocou deitada no chão, foi tudo muito rápido. — Como você fez isso? — Perguntei ofegante. — Regra número um, não ataque se não souber o que vai fazer. Ele me estendeu a mão e eu segurei, ele me ajudou a levantar. Resolvi usar o elemento surpresa e tentei derrubá-lo no chão e novamente fui malsucedida, ele me segurou e ficou atrás de mim com a mão no meu pescoço. — Você cheira tão bem. Ele falou perto do meu ouvido, o que fez todo o meu corpo arrepiar. Eu respirei fundo, tentei falar alguma coisa, mas não consegui então ele me virou, me olhou e disse: — Assim fica difícil não beijar você. Eu o empurrei. — Vamos treinar ou não? Foi tudo o que consegui falar. Passamos toda a tarde treinando. Ele me ensinou muita coisa. Derrubou-me muitas vezes no chão e eu não fui bem-sucedida em quase nenhum ataque, mas a aula foi até produtiva. Eu estava caída no chão quando ele se deitou ao meu lado. — Cansada? — Ele me perguntou. — Não, não sou fraca. Ele sorriu. — Eu não disse que era. Calma! Eu sorri. — Você é sempre assim? — Perguntei. — Assim como? — Ele pareceu confuso. — Engraçado, charmoso. — Então você me acha charmoso? Isso é bom. Ele falou se aproximando. — E convencido também. Acrescentei. — Um pouquinho. Ele disse piscando. Ficamos nos olhando por alguns segundo, eu não sei o que ele tinha que me deixava atraída, não que eu estivesse apaixonada por ele nem nada, mas ele não me defendia ou protegia o tempo todo. Ele apenas queria estar comigo e me beijar. Sem sentimentos à frente nem nada, sem querer bancar o herói o tempo todo. Apenas um cara e uma garota. Ele era a coisa mais normal que me aconteceu desde que cheguei aqui. E isso me tranquilizava um pouco. Além de ser lindo e ter belos músculos. No que eu estava pensando? Eu nunca quis ficar com ninguém assim, eu nunca sequer me interessei por garotos como ele. O que estava acontecendo comigo? Eu realmente estava diferente. — No que está pensando? — Ele me perguntou, tirando-me de meus pensamentos confusos. — Em nada importante. — Você é sempre misteriosa assim? — Ele se aproximou, ficando bem perto de mim. — Só quando eu quero muito. Eu sorri e ele também. De repente ouvimos um alarme ensurdecedor e eu gelei. Será que era outro ataque? — Ele se afastou e me olhou, também assustado.