Mais uma missão. Mais uma pedra. Mais luta. Eu não tinha noção de quanto tempo havia se passado, talvez algumas horas ou alguns dias, não da para saber ao certo. Minha equipe ainda não tinha nenhuma pedra e a equipe do Tom tinha apenas uma, ainda precisaríamos de mais quatro pedras para fazer o duelo que combinamos para decidir o vencedor, pelo menos era isso que esperávamos. O cenário tinha mudado, estávamos em um cemitério enorme e escuro. — Estão todos aqui? — Tom perguntou. — Sim. Respondemos todos juntos. — Vamos andando, aqui não é tão grande quanto à ilha, vamos revirar esse cemitério atrás dessa pedra. Lucas falou animado. Estávamos todos andando, Lucas, Ethan e Mel estavam bem próximos e conversavam bastante, Everly ia a frente com sua amiga, dava para notar que ela não gostava nada da ideia de juntar as equipes. Josh, Amanda e Candy iam conversando também, parece que ela adora jogar videogame, esse é o assunto favorito do Josh. Eu estava mais atrás, andando devagar, pois meu corpo ainda doía e a minha boca ainda ardia com os ferimentos. — Mais devagar impossível. Tom me tirou dos meus pensamentos e das minhas dores. — Estou fazendo o melhor que eu posso. Eu disse sorrindo para ele. Ele estava andando do meu lado, e me olhava de lado algumas vezes. — Porque não usou a telecinese contra ela? — Eu não sei controlar meus dons muito bem, ainda. — Dons? Você possui mais de um? — Perguntou ele boquiaberto. Eu sempre esquecia que não era tudo que Tom sabia, e eu de alguma forma confiava nele para contar. — De algum jeito eu tenho dois dons. — Mas você é uma herdeira não é? Como é possível? Mesmo que seus pais tenham dons diferentes, você não poderia herdar os dois. — Tem muita coisa envolvida, Tom. Não posso te contar nada agora, mas quando sairmos daqui, eu prometo que te conto. Olhei fixamente para ele. — Tudo bem. Eu confio em você. Ele sorriu. — Eu tenho que ganhar esse jogo, é muito importante para mim. Falei. — Pra mim também, na minha família todos tem dons, mas nenhum deles nunca foi selecionado e eu sempre quis ser. Passei a minha vida toda treinando e aprendendo sobre esse meu dom, tentando de todas as formas, ser descoberto e selecionado. E eu consegui. Ele sorriu maravilhado. Dava para ver o brilho em seus olhos e o orgulho que sentia de si mesmo. — Eu nunca quis estar aqui, nem mesmo sabia que isso existia, a minha única preocupação era em terminar o ensino médio e conseguir uma bolsa em uma boa universidade. Ele sorriu para mim. — Uma típica adolescente, eu diria. Eu ri. — Exatamente. Continuamos andando em silêncio, até que eu o quebrei. — Eu devo estar horrível para quem está vendo pelo telão. — Acho pouco provável você estar horrível, você está sempre linda. Ele sorriu. Aquelas palavras seguidas daqueles sorrisos me deixaram sem graça, ainda mais sabendo que Scott também estava nos assistindo. — Acho melhor irmos mais rápido. Mudei de assunto. — Claro. Tinham centenas de lápides e árvores naquele lugar, seria impossível olhar uma por uma. — Lea, olhe em todas antes que chegue outra equipe aqui. Tom falou de uma forma autoritária. A garota que se multiplicava, usou o seu dom e de repente havia vários clones dela em toda a parte e todas olhavam lápides por lápides. — Odeio cemitérios. Everly falou. — Por quê? — Lucas perguntou. — Eu consigo ver o passado de todos, e é horrível. Deu-me um arrepio na espinha, deve ser horrível ver o passado de pessoas mortas. — Não tem nada em nenhuma lápide. — Tem algo errado aqui. Ethan falou. — Como assim? — Indagou Josh. — Essa pedra, esse lugar, tem alguma coisa que não está batendo. Josh falou desconfiado. — Ele tem razão, não faz nenhum sentido. Candy acrescentou. — Lilly, eu acho que alguém está alterando a nossa realidade, tente romper isso. Ethan disse. — E como eu faço isso? — Perguntei. — Scott, como ela faz isso? — Mel perguntou. Mas Scott não falava nada, não se ouvia nada e eu não tinha ideia do que fazer. — Não dá pra bloqueadora simplesmente bloquear? — Indagou Everly. — Tente, Amanda. Josh falou. — Ok. Amanda respondeu. Ela se concentrou, mas nada aconteceu. Não consigo achar ninguém aqui, não tem como bloquear. — E agora? — Lucas perguntou preocupado. Eu me concentrei, pensava só no que era real. Eu precisava me apegar no que era mais real. — Nada aqui parece real, como vamos tentar nos apegar em alguma coisa real se nada parece real, droga! — Falou Everly andando de um lado para o outro. — Lilly, você é a única que pode fazer alguma coisa. Falou Mel se aproximando de mim e pousando sua mão no meu ombro, o toque dela me confortava. — Mas o problema é que eu não sei o que fazer, eu só aprendi a dar uma realidade a alguém, não aprendi a mudar uma que já está acontecendo! — Falei já querendo chorar, mas eu não iria chorar agora, eu não poderia, sempre que meus amigos estavam em perigos eu nunca sabia como ajudar. — Como você faz para dar uma realidade diferente á uma pessoa? — Perguntou Ethan se aproximando de mim. — Bem, eu só penso em um lugar e me concentro na pessoa, então a realidade dela é alterada. — Você poderia agora se concentrar em nos tirar dessa realidade, poderia começar tentando nos colocar em alguma realidade alterada, e então em seguida Amanda bloqueia você, isso poderia funcionar. Falou. Ethan.— Verdade, poderia. Emendou Mel.
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Descoberta - Saga Os Selecionados - Livro #1 ( EM REVISÃO )
FantasiaLIVRO REGISTRADO NA BIBLIOTECA NACIONAL, LEMBRE-SE PLÁGIO É CRIME! ( EM REVISÃO ) ( EM REVISÃO ) ( EM REVISÃO ) ( EM REVISÃO ) Lilly é uma garota comum de 17 anos, estudante do ensino médio, e pouco conhecida em sua escola. Apesar de não ser conheci...