Descoberta - Saga Os Selecionados - Livro #1 ( EM REVISÃO )

Capítulo XLVIII - Medidas Desesperadas

Dor. Dor era o que eu estava sentindo nesse momento, senti que estava sendo devorada de dentro para fora, as lágrimas tinha parado de cair, não por que eu não queria chorar e sim porque eu já não tinha mais lágrimas para tal feito. Sentia que meu coração agora tinha sido dividido ao meio, eu estaria caída no chão se não fosse os braços do meu pai para me segurar nesse momento, estava fraca, estava triste, estava sozinha. Será que tinha valido a pena ganhar a chance de ter um pai, mas perder minha melhor amiga?

Meus olhos não desgrudavam daquele caixão deveria ser eu ali e não ela, ela se sacrificou por mim eu nunca a perdoaria por isso, nunca pedi para ninguém dar a vida por mim, mas ela deu, assim como eu daria a minha vida por ela! Desejei várias vezes que algum agente tivesse o dom de trazer alguém de volta à vida, mas era impossível. Eu iria ter que conviver com essa culpa e essa dor eternamente. A vida dela tinha sido interrompida, eu não sabia como, mas as lágrimas haviam voltado e escorriam pelas minhas bochechas geladas devido ao inverno que se aproximava. Josh estava do outro lado perto de Ethan, que olhava com um ar ameaçador para o caixão, dói olhar para ele e ver a tristeza transparecida em seu rosto.

A família da Mel também tinha vindo, disseram a eles que ela rinha sofrido um acidente no "acampamento". Eu já tinha decidido, não iria continuar na CA, não sem a Mel, mas eu sabia que uma vez selecionado você não pode mais voltar atrás. Malditos poderes!

O enterro estava chegando ao fim, depois que o padre terminou sua oração começaram a descer o caixão, a cada centímetro que ele se aproximava do fundo do buraco eu sentia a metade da minha alma descendo junto, mas ao mesmo tempo sentia uma raiva tremenda de tudo.

A mãe da Mel jogou a primeira rosa em seguida foi seu pai e seu irmão. Ah, o irmão que ela tanto brigava, mas que tanto adorava. Agora era minha vez, beijei a rosa que eu segurava na mão e joguei em cima do caixão, fazer isso, estava acabando mais ainda comigo, tínhamos planejado fazer tantas coisas juntas, mas agora era tarde demais. Fui até onde meu pai estava e me aconcheguei nele, que rapidamente começou a acariciar minhas costas, notei que o carinho era diferente e ergui o rosto, não era meu pai, era Scott, senti vontade de me afastar dele, mas não fiz, eu não tinha forças nem para isso. Apenas deitei em seu ombro e deixei as lágrimas virem até que tomaram conta de mim.

Estava esperando meu pai na entrada do cemitério para irmos embora, ele iria me deixar na casa de tia Sabrina, ou seja lá o que ela for minha, porquê até agora ninguém me explicou isso. Na verdade isso já não importava mais tanto quanto antes. Alguns minutos tinham se passado e meu pai não tinha aparecido, resolvi ir procura-lo, não demorei muito para acha-lo lado de uma pequena igreja ali perto. Aproximei-me. —Pai. Comecei a falar, mas rapidamente parei, ele estava conversando com alguém, nunca fui bisbilhotara, mas alguma coisa me dizia que eu deveria ouvir aquela conversa. Lentamente me escondi na lateral da igreja e fui me aproximando para ficar mais perto dele, mas sem ser vista. — Se você tivesse lá sabe que não adiantaria nada, você poderia ter morrido.

— Me sinto como um covarde. — Não se sinta Nicholas. Eu preciso ir agora te vejo depois. Eu tinha congelado no lugar. Aquele nome, eu reconheci na hora o que me deu um frio na espinha. Era ele. Era o meu suposto irmão.

Eu precisava vê-lo, eu queria conhecê-lo. Voltei para a porta de saída do cemitério, sabia que meu pai não demoraria a vir de onde estava até lá. Vi Josh se aproximar de mim e eu sorri. — Como você está? — Ele disse me abraçando. — Destruída. Eu disse com os olhos cheios de lágrimas. — E você? Como está, Josh? — Também não estou bem, mas temos que continuar. — Como você vai ir para casa Josh? —Perguntei mudando o rumo do assunto. — Ethan vai me dar uma carona. Respondeu com a voz um pouco seca. Desconfiei que estivesse mentindo, mas não queria me intrometer na vida dele, pelo menos não agora. — Te vejo depois. Ele disse se despedindo. Fui para o estacionamento e encontrei meu pai no carro.