Amanda me contou que a lixeira ficou flutuando na frente da pequena janela de vidro, disse que o Scott viu e já foi logo chamando os seguranças, afinal não é todo dia que uma lixeira resolve flutuar. — Os seguranças chegaram e eles pareciam confusos, seu poder de algum jeito não foi detectado quando você usou, por isso eles não chegaram mais rápido. A presidente ficou extremamente irritada com a falta de seguranças, e gritou no corredor que iria exigir mudanças de funcionários. Amanda não parava de falar. Tudo o que ela falava parecia entrar em um ouvido e sair pelo outro, minha cabeça só pensava em Scott e na presidente, eles estava falando coisas sobre mim.
Eu estava deitada com a cabeça no colo da Amanda, ela acariciava meu cabelo enquanto me contava o que aconteceu. — Os seguranças perguntaram como conseguimos entrar. Estávamos preocupados demais com você para conseguirmos responder a eles, eles só nos pegaram e jogaram nessa cela, iriam arrastar você pelo braço mesmo você estando desmaiada, mas Ethan pegou você no colo e te trouxe para cá. Falou ela levantando a mão e mostrando a cela.
Ethan estava sentado no canto conversando com Josh. — Obrigada Ethan. Falei. Ethan olhou na minha direção com os olhos arregalados, parecia estar surpreso. — Não por isso. Ele falou sorrindo. Nesse momento alguém apareceu a frente da cela. — Acho que não precisamos falar para entrar não é?— Sussurrou Amanda. Era o meu pai. A porta da cela se abriu. — Pai! —Falei. Então me lembrei da conversa do Scott com a presidente. Meu pai tinha ficado de acordo com a missão, ele também estava encarregado de manter-se de olho em mim e depois reportar tudo para a presidente. Ele também mentiu para mim.
— Lilly. Ele falou entrando na cela. Rapidamente fiquei de pé e caminhei para perto dele, tentei manter-me o mais fria possível. — Veio nos tirar daqui ou nos avisar que fomos expulsos do CTJ? Ou que vamos ficar presos? E como você descobriu que estávamos aqui? Ele se aproximou mais de mim, percebi que ele iria me abraçar, então dei alguns passos para trás. — Então?— Insisti ficando séria. Ele pareceu um pouco confuso. — Está tudo bem Lilly?— Perguntou franzindo a sobrancelha. — Claro que está. Tentei vir em busca de respostas, as respostas que você não quis me dar, e com isso minha amiga acabou sendo capturada, tive que deixar ela aqui, sozinha e voltar para o CTJ e fingir que nada aconteceu, depois tive que voltar e tentar resgata-la, mas acabei sendo capturada também. Então é claro que está tudo ótimo! Meu pai ficou sério, mas antes que ele pudesse perguntar alguma coisa eu voltei a falar: — Onde está a Mel? — Ah... Ela está lá em cima nós esperando, vamos voltar para o CTJ, e vocês não vão ser expulsos. Falou ele apontando para os garotos e para Amanda atrás de mim.
Ele se afastou um pouco da entrada abrindo um espaço para que pudéssemos passar. Primeiro passou Ethan, depois passou Josh, e então Amanda, antes de sair eu dei uma encarada no meu pai. Entramos em vários corredores, não tinha nem um segurança nos seguindo, e quando um segurança passava ele abaixava a cabeça como se estivesse fazendo uma reverência. Meu pai parou na frente de uma porta e pediu para esperarmos enquanto ele voltava. — Meu Deus! Eu estou tão nervosa, parece que faz anos que não vejo a Melanie! — Falei a Amanda. Meu pai logo em seguida saiu da sala. — Vamos. Falou ele. Ele foi à frente para mostrar o caminho, já estávamos quase no fim do corredor quando ouvimos uma voz chamando no fundo. — Senhor Brad! Ele estava chamando meu pai. Todos nós viramos, vimos um garoto correndo na nossa direção com o braço levantando e um celular na mão. — O senhor esqueceu seu celular. Falou ele entregando o celular ao meu pai. O garoto parecia ter uns 17 anos, tinha o cabelo preto feito petróleo, estava penteado para trás deixando ele com uma pose mais séria e culta. Alguma coisa me chamou atenção no garoto não sei dizer o que, mas alguma coisa nele era familiar, talvez a blusa que ele usava fosse igual a alguma que Scott tinha. Scott... A lembrança dele fez meu sangue ferver de ódio.
— Podemos ir agora? — Falei me virando para o meu pai. Ele concordou e voltou a seguir, estávamos subindo o último elevador que levava a cobertura onde a Mel estaria nos esperando em um helicóptero, que nos levaria de volta a Nebraska onde ficava o CTJ. Assim que as portas do elevador se abriram andei na frente de todos subindo uma pequena escadinha que dava para a cobertura, varri o local com os olhos á procura da M el e a achei no canto, estava falando com um cara que eu achei ser o piloto, no momento em que meus olhos caíram nela, ela me viu, ela abriu um grande sorriso e veio correndo em minha direção, eu fiz o mesmo, e fui correndo na direção á ela, e finalmente nós abraçamos. As lágrimas logo começaram a escorrer pelo meu rosto, lágrimas de felicidade.
Já tinha ficado sem ver a Mel por algum tempo várias vezes, mas nenhuma dessas vezes ela tinha ficado presa e em nenhuma dessas vezes eu a tinha deixado sozinha para ser presa. Nosso abraço parecia ter durado horas, mas foram apenas alguns minutos. Soltamos-nos e olhamos uma para outra, ela também tinha chorado. Mel sempre foi para mim mais que uma amiga, ela era uma irmã que eu nunca tive, e sempre seria.
Fevereiro de 2009
Meu aniversário tinha sido uma maravilha, a festa já tinha acabado há algumas horas, esse ano tinha vindo bastante pessoas a festa, mesmo assim eu ficava o tempo todo andando com Melanie. Josh também ficava com a gente, mas tia Sabrina tinha colocado alguns vídeo games para os garotos jogarem durante a festa e ele tinha ido jogar com alguns amigos que ele fez, ele tinha ganhado de todos. Ele sempre ganhava. Eu estava conversando com Melanie e outra garota, Sandy era o nome dela. Ela já tinha agradecido o convite umas cem vezes, tinha convidado ela por que algumas vezes já tinha brincado com ela no recreio na escola, então considerava ela uma amiga, ela era legal. Mel não gostava muito dela por que uma vez a ela conversando com outra garota que dizia que eu era feia, Mel diz que a Sandy não falou nada e nem concordou com ela, mas só de estar conversando com a outra garota sobre mim ela ficou com raiva. Mel sempre me defendia de tudo e todos. Já faziam dois anos que éramos amigas, Mel tinha entrado na minha vida no momento em que eu mais precisava, e ficou na minha vida desde então, e eu esperava que ela sempre ficasse ela e Josh eram meus melhores amigos. Eu Estava sentada na cozinha comendo uns docinhos com Melanie, Josh teve que ir para casa, ele ficou muito tempo de frente A TV e seus olhos ficaram agitados. Tia Sabrina estava no quintal arrumando um pouco da bagunça junto com a mãe da Mel. — Sabe... - Começou Mel. — Essa foi a melhor festa que já participei, e olha que já fui á muitas. —Obrigada. Falei um pouco tímida. Já tinha recebido muitos elogios pela festa naquele dia, mas o elogio da Mel era diferente, era o elogio da minha melhor amiga. — Lilly tem alguma coisa acontecendo? —
Perguntou Mel se aproximando mais de mim. — Não, por quê?
— Você está um pouco estranha. Falou ela colocando a mão sobre a minha.
— Está tudo bem, sério! Não precisa se preocupar com nada. Falei sorrindo.
— Acho bom mesmo que esteja tudo bem e espero que não esteja escondendo nada de mim.
— Mel, eu nunca escondi nada de você, você é minha melhor amiga! É para você que conto tudo o que acontece comigo. Para você e para Josh. — Sim, eu sei. Falou Mel. — Mas somos muito mais que melhores amiga Lilly, somos irmãs. Não nascemos da mesma mulher, mas mesmo assim somos irmãs, sinto que tem algum de tipo de ligação entre a gente. Terminou ela. — Sim. — Apertei a mão dela. — Mais que melhores amigas, somos irmãs. Para sempre.
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Descoberta - Saga Os Selecionados - Livro #1 ( EM REVISÃO )
FantasyLIVRO REGISTRADO NA BIBLIOTECA NACIONAL, LEMBRE-SE PLÁGIO É CRIME! ( EM REVISÃO ) ( EM REVISÃO ) ( EM REVISÃO ) ( EM REVISÃO ) Lilly é uma garota comum de 17 anos, estudante do ensino médio, e pouco conhecida em sua escola. Apesar de não ser conheci...