CAPITULO 61

891 56 1
                                    

ANAHI

Audácia dele me perguntar o que eu faço aqui, ainda mais depois do que eu vi. "Pelo menos eu não estou me esfregando em ninguem" é o que eu tenho vontade de falar, mas fico só na vontade. Solto meu braço de sua mão e ele continua me olhando.
PONCHO: Não imaginei que te encontraria aqui.
ANAHI: Não? É a Zinco! Você encontra qualquer pessoa aqui no fim de semana. - pisco um dos olhos, sarcástica.
Eu nao tinha reparado que estava com tanta raiva dele, por ter visto ele com outra, ate vê-lo a minha frente. Então me viro para voltar para a minha mesa, mas ele segura meu braço novamente e me puxa para perto de si. Nossos corpos de juntam e ele olha dentro dos meus olhos, sinto que vou desmaiar de tão nervosa, mas me seguro.
PONCHO: Você esta acompanhada?
ANAHI: Não é da sua conta!
PONCHO: Então está?
ANAHI: Não! - me contorço em seus braços o forçando a me soltar e ele o faz. - Mas você esta!
E então dou meia volta e saio pelo meio da multidão em direção a minha mesa.

PONCHO

Ela sai feito um furacão pelo meio da multidão, me deixando parado feito um bobo. Então ela ja tinha me visto? E junto com Claudia? Merda!!
Passo direto pela fila do banheiro e volto ao encontro de Claudia.
CLAUDIA: Meu bem, você demorou!
PONCHO: A fila estava grande.
CLAUDIA: Quase fui atrás de você. - ela da uma risadinha.
PONCHO: Ah, fala serio!
Ela me olha estranho e reparo que fui grosso com ela mesmo sem ter a intenção. A verdade é que eu queria vasculhar essa boate atras  de Anahi, queria saber se ela esta com alguém e explicar a presença da Claudia. Sei que não tenho nada que explicar, que nós não temos e não vamos ter nada, mas me sinto uma pilha.
CLAUDIA: Aconteceu algo, Poncho?
PONCHO: Não, não. Desculpe. - eu a abraço.
Então ela se aconchega em mim e minutos mais tarde voltamos a dançar.

Já é quase de manhã quando saímos da boate e hoje nao estou com cabeça para ficar com ninguém, então invento uma desculpa para Claudia e a deixo em casa.
As ruas ainda estão vazias quando volto para casa, estaciono em frente o portão da garagem mas não o abro. Só consigo lembrar da Anahi, minha cabeça da voltas tentando entender porque ela saiu com tanta raiva. E não consigo parar de pensar que ela pode ter e interessado por alguém e que nesse momento pode estar com ele em sua casa e só de pensar nessa possibilidade sinto meu corpo quente. Ligo o carro, dou marcha ré e volto para as ruas de Monterrey para tirar minha dúvida.

A PropostaOnde histórias criam vida. Descubra agora