CAPITULO 07

1.2K 72 0
                                    

ANAHI
Após ligar para a pousada e cancelar minha reserva, sou deixada por Mai na porta de um dos quartos de hóspedes da casa com a promesse de que ela acordará amanhã antes de mim e virá me perturbar. Assim, igual quando éramos meninas. E só essa promessa dela já me enche de saudade desse tempo.
Assim que entro no quarto percebo que ele continua praticamente o mesmo, além da pintura renovada e da reforma no banheiro, os móveis são os mesmos e até os corações desenhados por mim e por Mai atrás da porta continuam lá. Meu coração solitário se alegra em saber que eles guardaram as minhas recordações.
Desfaço minha mala e vou tomar um banho, daqueles bem quentinho para relaxar o corpo. Assim que bato na cama, adormeço.

Me remexo de um lado pro outro, não encontro posição para voltar a dormir. Olho no relógio, ‪3:15h‬ da madrugada. Volto a tentar dormir e depois de muito me revirar, decido descer para beber um copo d'água e ver se o sono reaparece. Visto meu robe de seda por cima da camisola e saio do quarto.
As luzes de todos os quartos do corredor do andar de cima estão apagadas, pelo visto só a trouxa aqui que não consegue dormir mais. Começo a descer as escadas, tentando não fazer tanto barulho para que ninguém mais tenha o sono levado.
Mesmo a noite, com os ambientes na penumbra, a casa é linda. Chego na cozinha e me sirvo de um copo d'água, torcendo que ele tenha um elixir, um sonífero que me faça apagar assim que voltar para a cama. Olho pela janela da conzinha e vejo a área de tras da casa e até cogito me sentar lá no deck, perto da piscina, mas afasto a idéia já que isso pouco me ajudaria a cair no sono. Ponho o copo na pia e resolvo voltar para o quarto e quando estou perto das escadas ouço um barulho, quando olho, vejo Ucker e Poncho entrando na sala.
Ucker vem na frente e está com aquela cara de garoto travesso, que saiu para aprontar escondido dos pais e consegui a façanha com êxito. Tem os cabelos bagunçados, a camisa fora da calça e o olhar pesado. Ele sorri pra mim.
Mas Poncho... Ele tem alguns botões da sua camisa abertos em cima e assim que seus olhos encontram com os meus tenho a impressão de que as suas travessuras ainda iam acontecer

A PropostaOnde histórias criam vida. Descubra agora