CAPITULO 65

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PONCHO

Foi difícil virar as costas e ir embora, mais ainda por eu desejar muito ficar ali, com ela. Mas eu o fiz porque sabia que não daria certo, nao era o que ela queria e eu me sentia magoado pela primeira vez em que ela nos rejeitou.
Hoje ja se passaram 3 semanas que nos encontramos, que estivemos realmente juntos e nem eu, nem ela fizemos contato. E talvez seja melhor assim. Alguém bate a porta do meu escritório, interrompendo meus pensamentos.
PONCHO: Entra! - digo, voltando a focar no computador a minha frente e a porta se abre, revelando a bela figura de Claudia.
CLAUDIA: Oi meu amor! - ela veste um vestido vermelho, todo esvoaçante e sensual. Vem caminhando em minha direção toda sorrisos e para a frente da minha mesa.
PONCHO: Que surpresa você aqui! Esta linda. - eu digo, a analisando de cima a baixo e ela sorri, maliciosa.
CLAUDIA: Ainda bem que gostou.. - ela se inclina para frente e sussurra. - .. e eu nao estou usando nada por baixo.
Claudia é sempre assim, ela respira sexo e na maior parte do tempo isso é bom, mas em alguns momentos chega a ser exagerado. Eu apenas sorrio para ela que volta a ficar de pé e da a volta na mesa, arrastando minha cadeira para tras e dentando em uma das minhas pernas.
PONCHO: Meu bem, alguém pode entrar e essa não é a postura que um CEO deve ter. - eu coloco uma das minhas mãos em sua perna.
CLAUDIA: Ah, o Enrico sempre avisa quando alguém vai entrar em sua sala, não precisamos nos preocupar.
PONCHO: E você sempre um passo a frente nas respostas. - eu lhe dou um selinho.
Alguém bate a porta e logo abre, não me dando a oportunidade nem de pensar, quem dirá de responder. Eu e Claudia olhamos juntos na direção da porta e uma mulher linda aparece, os cabelos longos soltos sobre os ombros e contrastando com um vestido totalmente branco, levemente colado no corpo e que ia ate os joelhos. Anahi tinha o poder de ficar linda com tão pouco. Vejo o espanto em seus olhos.
ANAHI: Desculpe! Err.. Não havia ninguém na ante sala tem um tempinho, então resolvi bater na porta eu mesma. Não pensei que interromperia algo.
PONCHO: E não interrompeu, sempre podemos recomeçar. - me viro para Claudia. - Depois nos falamos, meu bem.

Claudia se despede de mim com um beijo leve e passa por Anahi como uma flecha, afinal, uma mulher sabe identificar perigo em outra. Ela sai, fechando a porta.
PONCHO: Claudia e eu.. - começo a me explicar ja me levantando.
ANAHI: Não preciso de um relatório, Poncho. Minha função só se inicia quando você entrar com a petição para assumir a empresa , até lá essa é sua vida pessoal e não me diz respeito. - suas palavras são duras, totalmente profissionais. 
PONCHO: Minha intenção nao era me explicar, mas já que você prefere assim. - volto a me sentar, cruzando as mãos sobre a mesa. - A que devo a honra de sua visita?
ANAHI: Vim trazer um contrato para você revisar, de um dos clientes da HC. - ela se aproxima da mesa e eu fico quase que hipnotizado pela forma como anda. Ela fala e eu volto a me concentrar. - Nesse envelope estão as duas vias, uma da empresa e uma do cliente. Eu já revisei e acho que as sugestões dele são plausíveis, mas é você quem deve decidir.
PONCHO: Qual o imóvel que ele está adquirindo?
ANAHI: O apartamento da Rua Norte. É um grande investimento. - ela suspira, o único sinal de que não esta confortavel. Mas logo volta a sua postura formal. - Enfim, caso tenha alguma cláusula a acrescentar me mande por email que reformulo o contrato. Caso não, só assinar e pedir que deem a notícia ao cliente.
Eu levanto os meus olhos do contrato e encontro os seus, ela engole em seco.
ANAHI: Espero ter ajudado. Tenha uma boa tarde, Poncho!
E sai feito um furacão pela porta da sala, deixando apenas seu perfume.

ANAHI

Saí tão depressa da sala dele que nem notei que o recepcionista ja estava em seu posto, nem o cumprimentei. Apertei o botão do elevador uma, duas, três vezes na doce ilusão de que isso o faria vir mais rápido. Depois de alguns minutos o elevador chega e, assim que fecha a porta, me sinto aliviada.
Fico lembrando do rosto da moça que estava com Poncho e chego à conclusão de que ela nao me é estranha, como era mesmo o nome dela? O elevador para em um andar qualquer e a porta se abre, entram dois executivos e quando a porta ia se fechar alguém pede que segure o elevador e um deles impede que a ela se feche com as mãos.

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