Capítulo 5

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P.O.V  Hopper

Uma leitora muito especial pediu um bônus no ponto de vista do Capitão chatice e eu não consegui resistir em escrever um. Espero que goste amore! Espero que todas vocês gostem! 


Acordei daquele sonho suado e com uma vontade do cão de foder alguém. Desde quando eu tinha aquele tipo de sonho? Desde quando eu tinha aquele tipo de sonho com ela?

Walker estava literalmente ferrando com os meus miolos e o pior era saber que a sua indiferença beirava a sua habilidade no tiro. A filha da mãe me deixou sozinho naquela pousada e quando acordei só conseguia me lembrar dos flashes de uma das noites mais maravilhosas da minha vida.

O foda era saber que aquilo tinha acontecido enquanto eu não estava nos meus melhores dias, que tinha acontecido por culpa de algo que eu tinha desabafado com ela. Emily devia pensar que eu a tinha usado para esquecer minha noiva, ou melhor ex noiva, o que não deixava de ser um pouco verdade. Mas quando eu ouvi seus gritos de prazer, as coisas mudaram pra mim e mudaram rápido demais eu diria.

Nunca reparei em nenhuma mulher da Marinha, ainda mais quando tinha apenas duas sob meus comandos. Elas sempre foram consideradas homens por ali, era assim que agíamos. Ainda mais tendo em vista que relacionamentos internos eram expressamente proibidos e com razão.

E então tudo aconteceu, eu a vi naquele bar e algo se acendeu em mim. Vê-la sem uniforme e pensando enquanto olhava uma caneca de cerveja tinha me deixado curioso para desvendar seus segredos. Sempre me pareceu séria, mas com um sarcasmo digno de nota, ainda mais quando se destacava entre os demais. Isso que me deixava mais impressionado, ela era boa e sabia disso.

Merda. Meus pensamentos não estavam seguindo por onde eu queria.

Eu só me sentiria melhor quando a pressionasse na parede e perguntasse porque tinha realmente ido embora, quando tivemos o sexo mais quente de toda a nossa vida. Sabia que o mesmo tinha acontecido com ela. Aquele mal estar entre nós não estava ali porque a noite tinha sido horrível, estava ali porque ela tinha sido boa demais para esquecer.

Por isso quando ela não conseguiu atingir seu objetivo no treino imaginei que fosse a minha presença que a tinha atrapalhado. Walker era capaz de coisas muito maiores que aquela e eu não queria acabar com a sua concentração em fazer um bom trabalho na frente de todos.

Estava lutando internamente com a vontade de ficar na minha sala ou de ir até o dormitório e ver como ela estava. Arrumaria uma desculpa e ninguém questionaria os motivos do capitão. Mas era algo muito mais complicado quando você se preocupava com a sua ética acima de qualquer coisa e eu era um cara assim. Todos me julgavam frio e calculista, eu realmente o era, mas minha conduta no serviço ao país tinha me deixado assim. Sempre com um pé atrás, sempre querendo saber á frente. Não tinha como evitar isso, estava no sangue e cada vez mais eu ia decaindo de acordo com a vontade de prensar uma oficial na parede e ferrar com a cabeça dela, assim como ela tinha feito com a minha.

E foi a minha força de vontade que ignorei quando levantei e fui até onde tinha certeza que ela estava. Eu seguia as regras, sempre fui um dos melhores nisso e ninguém desconfiaria dos meus reais motivos por trás da visita.

Andei como se o chão pegasse fogo embaixo dos meus coturnos. Parecia que estava indo direto para o inferno conforme a temperatura aumentava consideravelmente e eu perdia cada vez mais a noção do perigo. Se fôssemos pegos, a bomba estouraria e seria a mesma coisa que incendiar todo o Jean Paul Jones com ações idiotas.

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