Fire And Fury

Capítulo 17

☀️Cecília Walker☀️

Espere um instante, apague as luzes e volte a sena. Vamos repetir isso, porque eu não tinha intenção de ser tão direta.
Mas qual é, ele pensou que eu não sabia. Que eu era tão ingênua ao ponto de não perceber os simples olhares e os cochichos daqui para ali.

— Então, eu ficava com Cathariny antes de namorar Lianna, mas depois que Cathariny apareceu eu fiquei com ela ou seja traí Lia. Mas quem liga, isso já faz um tempão.

— Eu não acredito no que estou ouvindo — digo chocada, abro os braços dramática e ri sem humor.
Ele só pode estar de brincadeira.

— Cecí, você sabia. — Emma diz me olhando como quem dizia; pega leve.

— Sim, eu sabia e sei mais. Porém, Lia pode ser o que for, mas ela não merecia ser traída. E mesmo a traindo uma vez, você é tão ridículo que continua tentando fazer isso. Mas vou te dizer uma só vez; comigo você não tem chances.

— Ah, para né! Eu nunca gostei de Lianna, eu só estava fazendo um favor a ela. Eu também não gostava de Cathariny, só que o lance é diferente. Estávamos focados em algo mais importante para nós.

— Que é a popularidade. Vocês são ridículos, e eu me recuso a passar mais um segundo se quer junto de você.

Deixei o dinheiro do meu sorvete na mesa, paguei minha bolsa e me levantei.

— Que isso Cecí, o cara só falou a verdade, que é melhor que mentiras.

— Ele é um idiota, que estava ganhando minha confiança, mas acabou de perder tudo. Eu posso não ter o melhor relacionamento com Lianna e Cathariny, mas isso que ele fez foi inacreditável. E se não for pedir de mais, não quero fazer parte do trio da traição.

— Tá bom loira, mas não devemos nos meter temos que deixar ele se virar com isso.

— Você tem razão, mas enquanto ele não resolver com elas eu não chego perto dele. Já tenho muito problemas e se eu continuar junto a ele, elas vão ter mais motivos pra tentar ferrar comigo.

— Você que sabe!

— Vou indo nessa, banda um beijo pra Emma. Eu te ligo mais tarde.

Dou um abraço e um beijo no rosto dele. Ele volta pra sorveteria e eu caminho pra casa.

Chego em casa e só vejo alguns empregados. Passo pelos seguranças e os comprimento. Entro em casa e dou de cara com minha mãe descendo as escadas.

— Temos que conversar — ela diz.

— Eu também quero falar com a senhora.

— Aconteceu alguma coisa? — ela põe a mão sobre a minha, e foi o bastante para ver que ela tinha uma tatuagem. Ela tatuou o nome da Cath no pulso direito, procurei por outro sinal que mostrasse que ali também tinha meu nome, mas não encontrei. Foi como receber uma facada no peito.

— Me dá licença mãe, eu preciso do meu tio.

Levanto, e corro de cabeça baixa em direção às escadas que ligava só segundo andar com os quartos.

— Filha, pode me contar o que houve. Vamos aproveitar e almoçar juntas — ela diz enquanto me segue, sua voz era doce, porém eu a conheci bem.

— Obrigada, mas eu prefiro falar com meu tio. Ele sabe me entender.

Como ela entrou no quarto junto comigo, eu me despi na frente dela mesmo. Não demonstrei fraqueza.

Uso um vestido de alcinha fina, chinelas e rabo de cavalo.

— Com licença, eu preciso mesmo ir. — digo pesarosa, e saio correndo casa a fora. Espero Cathariny sair do carro, e entro.

Em menos de cinco minutos já estávamos na entrada do prédio onde meu tio mora. Entrei e segui pro elevador, e tinha uma senhora mais o menos de meia idade lá.

— Boa tarde! — desejo.

— Uma boa tarde a você também. — ela sorri docemente. — Nunca a vi por aqui, é nova moradora?

— Eu vim visitar meu tio que mora na cobertura.

— Ah! Thomas Walker, um bom partido ele é.

— Você o conhece bem, pelo jeito.

— Escuro muito dele nesse prédio, também ele anda aparecendo na TV e jornais.

Só fiz dá um forçado sorriso, eu estava apreensiva de mais para bater um papo.

☀️

— Que surpresa agradável! — ele diz ao abrir a porta.

Passei por ele sem dá um abraço, e me joguei no sofá tapando o rosto com uma almofada.

— Espero que esteja de bom humor e tenha bons conselhos hoje, caso contrário irei enlouquecer — minha voz saiu abafada por conta da almofada em contato com o rosto.

— O que pega? Quem morreu? Eu estou vivo ainda então não vejo a necessidade do desespero. — ele senta ao meu lado, continuo imóvel. — Vai Cecília desembucha.

Conto pra ele tudo que aconteceu desda hora que acordei com os mínimos detalhes. E ele diz por fim;

— Você está ferrada! — ele ri um bocado, depois dá uma pigarrada. — O que você disse com seus pais foi pesado, mas não deixa de ser a verdade. E sobre o Mathews, pode ficar despreocupada porque o que tem de confusão com Lianna e Cathariny isso você não tem nada a ver com você. Eu até entendo o que você quer dizer com tudo isso, mas você não deve abaixar a cabeça pro inimigo e nem fazer o que elas faziam. — uma pausa, sorriso malicioso. E lá vem... — Pensando bem, você e Mathews dão um partidão.