Capítulo 27

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☀️Cecília Walker☀️

Sai do meu estado precário, tomo um banho e desço pro jantar. Nessa casa tem uma regra de que, se você não chega às 20:00 pro jantar, terá que inventar um lanche.

— Boa noite! —  f sentando na mesa

— Boa noite! — minha mãe responde sem tirar os olhos do telefone.

Meu pai sorri torto, e eu passo os olhos pelo lugar onde deveria estar Cathariny. Ninguém!
Mara, nossa cozinheira, serve o jantar.

— Mara chama Cathariny pra jantar por favor.

Mara saiu como fleche, fiquei olhando pro nada enquanto meus pais conversavam animadamente sobro o trabalho.

— Pai esse ano é o senhor que banca o baile de máscaras não é? — entro na conversa.

— Sim, vai ser o melhor baile de todos os anos. — diz empolgado.

— Mal posso esperar!

Eu fui no baile de máscaras uma vez só, e foi horrível pois Cath ganhou e ficou esfregando na minha cara que ela era mais linda que eu e que ela conseguiu. Depois daquela vitória, ela nunca mais perdeu. Eu virei uma garotinha de medo, todo mundo chegava é falava; "Cecília essa é sua irmã né? Ela ganhou a coroa do baile ano passado. Nossa! Ela é mesmo linda."

Eu ficava tipo; "Poxa! Somos praticamente iguais, não somos? Então somos lindas iguais." Que palhaçada eu pensava, porque esse ano não. Eu não estou nem aí pra quem vai ganhar a droga no baile, não estou nem aí se sou menos bonita que ela ou sei lá mais o quê. Eu sou bonita como sou, e ninguém me tira isso.

— Senhora ela diz que não quer descer — Mara diz se posicionando ao meu lado.

— Meu Deus, estou preocupada com Cath! — mamãe passa as mãos dramaticamente pelo rosto seu  perfeito. — Ela nem pediu pra você levar no quarto sua comida?

— Não, ela alegou estar sem fome.

Minha mãe olhou meu pai que me olhou. Não entendi!

— Vá ver o que tem a sua irmã — ordenou.

— E.eu? — gaguejei, desde quando sou gaga?

— Sim, e porque não? Ela é sua irmã, e gêmea ainda por cima. Não entendi essa suas reações em relação a ela.

— À não pai, não vou lá. Certamente se eu aparecer lá ela vai me fuzilar — falo com certo espanto.

— Não seja tola Cecília, ela é tua irmã gêmea. Como vai enfrentar a vida se não enfrenta sua própria irmã? — minha mãe me olha enquanto vira uma taça de vinho. Ela me desafiou? Ela me desafiou. Agora eu vou atrás até da cabeça do presidente.

Me levanto olhando nos olhos da minha mesma e segui as escadas. Subindo cada degrau penso em como tirarei o bicho do ninho.

Dou três pequenas e firmes batidas na porta rosa do seu quarto.

— Já disse que não quero jantar, me deixe em paz!

— Não estou perguntando nada, estou mandando — falo alto e firme.

Não deu dez milímetros de um segundo para a porta ser aberta, e ela toda descabelada e cheia de olheiras parecendo uma múmia me olhando.

— Se soubesse que era você nem teria dispersado meu tempo.

— Meu pai mandou dizer que se não descer agora ficara mais duas semanas de castigo — minto.

Ela arregala os olhos, junta o cabelo de qualquer jeito e começa a passar maquiagem sem olhar no espelho. Ela veste uma roupa melhor sobre meu olhar e sai do quarto me deixando estacada lá na porta.

Prendo o riso quando a vejo correr feito um patinho feio e medroso.

— Pronto pai, cheguei — se assenta no meu lugar

— Se me dá licença, esse lugar é meu — digo no seu ouvido e dou um sorriso impaciente.

— Ah, não seja tão infantil — ela diz com pressa. A forma que ela pronúncia as palavras, que move as mãos e os olhos é identifico com da mamãe.

— A única infantil aqui é você, é preciso ameaçar pra pode vim jantar. Agora vaza daí

— Nojenta! — ela diz jogando o garfo que segurava sobre a mesa de vidro.

— A sua boca — rebato no mesmo tom.

— Se vocês não pararem agora eu vou mandar vocês pro plutão — papai diz ameaçador.

Pensei: não seria uma má idéia pai, mas estar lá com sua filhinha amada seria um horror. Nós iniciariamos a terceira guerra mundial mais rápido colocando tudo que é criação em risco.

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Fire And FuryOnde histórias criam vida. Descubra agora