O ANÚNCIO

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- Mestre Hydra, mestre Hydra, o mestre Lúcio mandou Dobby vir aqui lhe chamar

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- Mestre Hydra, mestre Hydra, o mestre Lúcio mandou Dobby vir aqui lhe chamar.

Hydra abriu os olhos e viu o pequeno e malvestido elfo doméstico com quem sempre tivera uma grande relação de carinho, pena e culpa pelo jeito que sua família o tratava. Ele estava na porta de seu quarto com a mesma expressão de medo que sempre tinha.

- Tudo bem Dobby, muito obrigada, eu já irei. - Hydra viu que Dobby não se mexeu. - Pode ir Dobby, eu já vou...

- Mestre Hydra, Dobby não pode se mexer até que a mestre Hydra saia do quarto e siga com Dobby. Dobby não pode, não pode! - O elfo parecia estar com medo e desesperado, falando em uma voz que demonstrava grande agonia.

- Não, Dobby, não tem problema. Veja, já estou levantando.

"Mais um truque do meu pai, ele sabe muito bem que eu não iria sem isso", pensou Hydra enquanto levantava da cama, contrariada. Deu uma rápida olhada no espelho próximo a uma das portas laterais ao seu quarto. Estava com o rosto e roupas "amassados", marcas de quem passara o dia inteiro na cama. Sua mãe provavelmente iria reclamar desse descuido, mas, bem, ela não parecia se importar com isso quando deixou que seu pai a obrigasse a seguir com o elfo. Por fim, dando uma leve ajeitada nos cabelos, Hydra seguiu com Dobby pelo corredor escuro e longo e, logo depois, desceu a escada que levava até uma das salas de estar da família.

Lá encontrou seu pai sentado em uma grande cadeira de veludo verde escuro, virada de costas para a porta onde ela se encontrava, sem sequer parecer notar a sua presença. De frente para ele, em outras duas cadeiras de veludo verde, estavam sua mãe e seu irmão, Draco, com uma quarta cadeira vazia entre os dois.

- Pode ir, elfo... – Disse ele sem nem olhar para o pobre Dobby, apenas acenando com a mão.

Dobby fez uma pequena reverência e saiu, sempre parecendo desesperado para se afastar da presença de seu mestre.

- Hydra, sente-se, preciso ter uma conversa com você. - Disse Lucio, sem nem ao menos se virar para olhar a filha.

Hydra seguiu em direção à cadeira, estranhando as expressões sérias de sua mãe e irmão, mas também, quem poderia ficar feliz perto daquele homem? Não é que Hydra não amasse seu pai, ela amava - pelo menos sentia algo que achava que era amor - mas seu desgosto pelas atitudes do pai fazia com que esse amor se tornasse frio e distante, assim como seu pai o era.

- Bem, não precisava ter pedido para o pobre do Dobby ficar me esperando, eu já ia vir... – Disse ela em um tom educado enquanto se sentava.

- Não, você provavelmente não viria, você provavelmente seria a mesma insolente de sempre me fazendo esperar. - Lúcio interrompeu com uma voz séria, porém calma.

A Garota Malfoy - Livro 1 Onde histórias criam vida. Descubra agora