Capítulo 33: Quando tudo da errado

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GAARA

— Já reparou, que sou só eu que me fodo nessa revanche?

Naruto me olha inconformado enquanto vestia, ainda meio grogue uma camiseta preta de um tecido transparente, incrivelmente ridículo.

No fim não encontramos nada para ele vestir, mas por sorte um casal gay que passava indo em direção ao banheiro (eu sinceramente não queria saber o que eles fariam lá dentro juntos) se compadeceu dele e o emprestou aquela camiseta, que devia ser a mesma merda que não usar nada, mas suponho que era melhor do que a blusa e jaqueta molhadas.

Estávamos em uma das varandas no segundo andar da mansão, depois de me ajudar a apoiar/arrastar Naruto até ali Sasuke havia se escorado na sacada e encarava fixamente o poste de luz desde então.

— Tipo - Naruto continua enquanto tirava o tênis e torcia as meias molhadas - Eu fui o único a não conseguir ver a minha namorada, o único a não querer participar, o único a me ferrar!  Essa vida não é justa, eu sinto tanta fal...

— Cala a merda da boca Naruto - Sasuke diz em tom frio, depois acrescenta em um sussurro - Mas que chatice.

Sorrio, pelo jeito teve mais alguém que entrou para o time "dos que sentem falta", não que eu fosse admitir que fazia parte dele é claro, e duvido muito que Sasuke admitiria também, mas isso não era problema, Naruto era capaz de lamentar o suficiente para nós três.

— Tipo, eu tô todo encharcado! - ele solta um grande espirro e coça o nariz já avermelhado - Provavelmente vou acordar destruído amanhã, com uma puta de uma gripe, e duvido que vou conseguir tirar da cabeça a imagem da minha, minha! Namorada! Dançando toda sexy naquela pista, sem eu poder me esfregar nela e ainda por cima com um bando de marmanjo secando. Hump, mas que caralho, viu? Aquele bando de filha da puta, com os olho tudo arregalado naqueles peitos que me pertencem.

Não consigo evitar em soltar uma risadinha amarga eu infelizmente entendia o infeliz.

Não conseguia parar de pensar na Matsuri naquela mini saia, caramba, eu entendia aquele infeliz bem até demais! Matsuri tinha estado na minha frente praticamente nua, só de calcinha, caramba só de lembrar minha boca se enchia de água, meus dedos coçavam, coisas ganhavam vida, e eu tinha sido burro o suficiente para deixa-la ir embora.

Aquela revanche valia mesmo a pena?

Só de pensar que eu poderia estar transando com a mulher da minha vida naquele exato momento em vez de estar ali ouvindo as lamentações do Naruto, eu tinha vontade de me chutar! De esmurrar minha cara, de me enterrar vivo e morrer lentamente.

*Era nesses momentos em que você sente impulsos suicidas que se deve  repensar seriamente suas ações. Aquela revanche valia mesmo a pena?*

Me pergunto mais uma vez.

Naruto me lança um olhar estreito me tirando de minha situação de autopena.

— Tá rindo do quê? 80% do que tá rolando comigo é culpa sua e dos que se dizem meus amigos.

Suspiro decidindo por não discutir, afinal ele meio que estava mesmo naquela situação por minha causa, pelo menos na situação enxarcado.

— Amigos - Naruto resmungava enquanto esfregava os braços tentando se aquecer - Olha só os belos amigos que eu fui arrumar...

Minha atenção se volta para Sasuke quando ouso ele soltar um palavrão que foi rapidamente seguido de um soco na parede.

— Mas o que!

Eu e Naruto nos olhamos sem entender, enquanto Sasuke se debruça sobre a sacada.

— Mas o que ela está fazendo com...

A Aposta II A Revanche (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora