Capítulo 38 - Minha vez de pedir socorro

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... em si mesma.★

Respondi a mensagem:

" Alessandra: Dani!! Aguente firme, meu amigo. Estou chegando. Me desculpe a demora. Vamos, só mais cinco minutos e eu já estarei ai para lhe ajudar. Desculpe também por só ter respondido essa mensagem. Aguente firme "

Em frente a sua porta, já dava pra ouvir os gritos da Carol. Era irritante e ao mesmo tempo assustador. Antes de entrar, dei um último suspiro e arrisquei.

— E da próxima vez que isso acontecer, espere coisas piores! — gritou ela e logo em seguida me viu entrando.

Sinceramente, eu fiquei com medo de ter vindo. Sempre dizem que nunca é bom interferir em briga de namorados. Havia me esquecido dessa pequena e verdadeira frase. O quarto estava uma bagunça. Todas as coisas estavam espalhadas, ou pelo menos o que era do Dani. Eu nunca tinha visto tamanha bagunça. As camas estavam desarrumadas e até mesmo o Dani estava. Coitado. Fiquei com muita pena de vê-lo naquele estado. Imagino que a briga não foi nada boa.

— O que te trouxe até aqui? — Ela perguntou desconfortável com minha presença.

— Vim ajudar meu amigo.

— Porque não vai cuidar da sua vida? O que temos aqui, não te interessa.

Ignoro o que ela diz e digo:

— Eu acho que você deveria dar valor ao que tem. Fala sério, ele é um gato. Vai deixar ele ir embora assim? Achei que fosse mais esperta. É raro uma garota feia ter um namorado lindo.

Ela pareceu furiosa com minhas palavras bem definidas. Você acha que fiz bem, diário? Não sei se você acha o mesmo, mas a minha jogada foi de mestre. Ela sempre parece atingida quando falamos de beleza.

— Dane-se! Vai pra p*ta que pariu! — gritou e bateu a porta quando saiu.

— Perdão por chegar só agora — digo ao Dani.

— O que você esteve fazendo o dia todo, eu não sei, mas bem que podia ter vindo mais rápido. — Ele deitou-se no que parecia ser sua cama.

— Foi boa a briga? — brinco. Queria tentar fazê-lo rir.

— Boa? — Riu ironicamente. — Foi a pior de todas. Acho que está tudo acabado. — Suspirou longamente.

— Dani, eu sinto muito. Foi tudo culpa minha.

— Não foi.

— Foi sim. Se eu não tivesse aceitado a aposta, e se eu não tivesse contado, e se eu tivesse vindo mais rápido... Como pode dizer que a culpa não é minha?

— O amor que eu e a Carol tínhamos, já havia acabado há muito tempo.

— Mas mesmo assim... no ônibus.

— Está certo. Eu tentaria conquistá-la novamente, mas depois dessa, acho que não tenho mais chance.

— Droga, destruí tudo.

★Dica 186= Não destrua tudo.★

— Não se sinta culpada. Estou afim de outra — diz ele como se fosse a coisa mais normal do mundo.

— Como é?

— Isso que você ouviu. Estou afim de outra garota.

— Então esse tempo todo você queria que esse relacionamento acabasse?

— Não exatamente. Eu ainda preciso estudá-la. Preciso saber se daria certo.

— Mas você acabou de falar que...

O Que Uma Garota Deve FazerOnde histórias criam vida. Descubra agora