Capítulo 44 - As perguntas

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... esteja certa.★

— Sempre estou, fofinha. Quando é o encontro?

— Depois do almoço, uma hora da tarde — informei-a com um meio sorriso.

Ela olhou o relógio, apressada e já eram meio dia.

— Amiga, precisamos te arrumar depressa. Você tem que estar sexy nesse encontro.

— Já te disse várias vezes que não é um encontro... — Revirei os olhos.

— Do mesmo jeito, você precisa fazê-lo ficar babando.

Ela nem me deixou dizer que sim ou não, apenas me puxou pra dentro de seu closet e começou a procurar roupas.

Eu me sentia muito estranha. Ela me fez vestir:

> Um short jeans escuro com uma corrente prateada;

> Meia calça preta;

> Bota preta, sem salto, com corrente prateada;

> Blusa branca com sutiã de enchimento;

> Blusa transparente azul claro, larga, que deixava meus ombros mostrando a alça da blusa branca;

Ela não me fez usar brincos, porque disse que não combinaria com meu estilo. Pra uma patricinha igual a ela, ela soube me identificar no modo de vestir. A única coisa que ela colocou que eu não gostei, foi o sutiã de enchimento. Parece que a mentalidade de patricinha falou um pouco mais alto. Meu cabelo estava solto.

★Dica 216= Em um encontro, deixe que sua amiga te ajude a escolher sua roupa.★

— Amiga, você está arrasando — elogiou ela batendo palminhas.

— Posso retirar o sutiã de enchimento? — choraminguei.

— Não pode.

— Por favor. — Tentei convencê-la com uma carinha fofa.

— Sua carinha fofa é um lixo. — Soltou uma gargalhada em seguida.

— Tudo bem, só dessa vez usarei essa merda.

— Falta dez minutos. Quer almoçar antes de ir?

— Não, valeu.

— Quer comer junto do seu futuro namorado, não é? — Geo me cutucou com o cotovelo. Corei levemente.

— Não. É só que não estou com fome. — Dei de ombros para disfarçar.

— Fofinha, eu te conheço tem anos.

— Mas ficou afastada de mim por meses e eu mudei muito — rebati dando língua.

— Sim, já percebi suas horríveis mudanças. Coitada. Terei que botar juízo na sua cabeça novamente.

— Errado. Você terá que retirar o juízo da minha cabeça. — Rimos e ouvimos uma buzina que vinha do lado de fora.

— Deve ser ele! — adiantou-se Geovanna indo pegar as chaves para abrir a porta.

Respirei fundo e a segui esperando que encontra-se a chave certa.

— Porra de chave! Eu nunca encontro você quando quero.

Abriu e lá estava ele em um carro que não consegui identificar, mas era branco e totalmente descoberto na parte de cima. Gostei do carro. Ele acenou e começou a sair do carro.

— Lembre-se — ela sussurrava em meu ouvido —, seja sexy e sedutora. Ele tem que ser seu, amiga. E porra! Ele é mais gostoso ao vivo!

Por fim, ela me deu um empurrão que me fez desequilibrar por um momento, mas nada de quedas. Ele ofereceu seu braço para me acompanhar. Aceitei. Dentre seu terno branco (o mesmo que ele usou pra me buscar no hospital), dava pra sentir alguns de seus músculos.

O Que Uma Garota Deve FazerOnde histórias criam vida. Descubra agora