... todo o momento.★
— Tudo bem. Mas só por alguns minutos — digo derrotada.
Ele segurou minha mão e me levou pra sua casa. Durante o curto caminho, olhei pra trás e vi a Geovanna acenando e dando uma piscadela. Sinceramente, diário, me deu vontade de batê-la por ter feito isso comigo. O bom é que verei minha ruivinha novamente, mas isso ainda não me impede de querer matar a Geo.
Ah, só pra você saber, diário, o Ícaro é ruivo de olhos negros iguais aos meus e a fofinha da Ingrid é ruiva de olhos azuis. Perfeita e fofa, não tem como não amar.
Ele pegou as chaves e começou a destrancar e a abrir a porta. Subimos as escadas silenciosamente até o quarto dela e quem abriu fui eu. Ela estava brincando com suas bonecas e não percebeu que era eu entrando.
— Ruivinha? — chamei.
Ela virou-se rapidamente, reconhecendo minha voz.
— Alessandra! — gritou e correu em minha direção para um abraço apertado.
— Como sabia que era eu? — perguntei já imaginando a resposta e me desprendendo de seu abraço para olhá-la nos olhos.
— Pela sua voz e pelas mechas azuis, sua bobinha.
Eu ri.
— Você está tão grande — falei com voz doce. — Apenas se passaram um ano e alguns meses.
— Pra mim pareceu uma eternidade — admitiu ela.
— Pelo menos eu estou aqui.
— E bem no meu aniversário!— Ela olhou pro irmão. — Obrigada, idiota. Foi o melhor presente que já recebi!
— De nada, bobona.
Ela voltou a me olhar nos olhos. Os olhos dela eram tão perfeitos... Da cor do céu mais azul.
Depois de algum tempo me encarando, ela aproximou sua pequena boca para meu ouvido e sussurrou:
— É impressão minha ou seus seios estão maiores? — ela disse um pouco alto demais.
Não tenho dúvidas de que o Ícaro tenha ouvido e isso causou um grande constrangimento naquele momento quando dirigi meu olhar a ele em seguida. Ficamos corados quando nossos olhares se encontraram.
— Você não foi a única que me disse isso e parece que não foi a única que notou — respondi em voz audível e olhei de novo pra ele o que o deixou ainda mais vermelho.
Desci os degraus um por um, meio apressada. Agradeci pela porta estar destrancada e corri para casa da Geovanna, querendo matá-la por me fazer passar por isso.
★Dica 211= Quando sua amiga lhe fizer passar por um momento difícil, "matê-a".★
Cheguei batendo a porta pra abrir e pra fechar. Quase arrombei a porta do quarto dela, mas ela abriu antes que eu fizesse tal coisa.
— Eu vou te matar vadia! — gritei, fervendo de raiva.
— Voltaram a namorar? — questionou ela, como se eu não estivesse em chamas.
— Não! — rosnei.
— Do mesmo jeito, fique relaxada, amiga.
— Geo, por que me fez passar por isso? Você sabe como eu fico quando estou perto dele!
— Fofinha, foi meu instinto que pediu. Eu achei que tivesse superado tudo isso. — Ela deu de ombros.
— Você sabe muito bem que não superei!
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Que Uma Garota Deve Fazer
Ficção AdolescenteAviso! Esta história contém partes engraçadas, partes sérias, partes românticas, partes idiotas, partes... É, acho que vocês já entenderam. Mais uma coisinha: a cada final do capítulo, possivelmente você ficará perigosamente curioso. Alessandra, uma...