Capítulo 100 - Adeus Diana, olá Kimberly

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... deseje sumir.★

— Bem que eu suspeitava — ela soou neutra, mas percebi uma ponta de tristeza em sua voz.

— Não é o que você está pensando... — tento dizer, sem jeito.

— Pelo amor de Deus, Alessandra. Ainda quer tentar me convencer? — agora ela soava frustrada.

— Estou falando sério. Nós só estávamos...

— Se preparando para transar?

A cor some do meu rosto.

— O que tem a dizer, Ícaro? — ela pergunta querendo fuzilá-lo com o olhar.

— Que o que eu e a Alessandra estávamos fazendo era conversando. Qual é, fazia muito tempo que não conversávamos.

— Conversando e tirando a roupa? — diz ela quase gritando.

— E tem algum problema nisso? — Ele deu de ombros, como nem se importasse.

Eu sei o que aquilo significa. Ele estava fazendo aquilo de propósito. Ele quer que ela termine.

— Eu...! Eu...! Eu não acredito que amei você! — berrou ela e deu um tapa forte na bochecha do Ícaro.

Após o impacto, ele coloca a mão no rosto. De primeira ele comprimiu os lábios e depois abriu um sorriso como se quisesse rir.

— O que você está achando engraçado? — diz Diana, fervendo.

— Nada eu só...

— Quer saber? Nosso namoro está A-C-A-B-A-D-O! — grita ela e vejo seus olhos se lacrimejarem.

Meu coração se parte. Viu o que você fez?, penso com raiva de mim mesma. Segundos depois, Diana sai correndo do quarto, batendo a porta ao sair.

— Qual é o seu problema? — grito pra ele.

— Agora não precisa se sentir mais culpada. — Ele sorri. — Não tenho mais namorada.

Dei um tapa forte na bochecha que Diana havia batido.

— Como assim não preciso me sentir mais culpada? — berro. — Estou pior do que nunca e a culpa é sua!

— Minha? Que eu saiba, não dá pra se beijar sozinho.

Dou outro tapa em sua bochecha, dessa fez na outra.

— Você me forçou a isso! — acuso-o.

— Eu não forcei nada.

— Foi você sim! Desde o começo foi você que veio com bilhetes me pedindo pra vir no seu quarto a noite!

— E foi você que quis vir!

— Vai se foder! — gritei.

Corri para a porta e a abri.

— Alessandra... — chamou ele.

Não dei a mínima importância. Saí do quarto com raiva.

Quando cheguei em meu quarto, eram 02:48 da madrugada. Suspirei fundo e agradeci por Betânia estar em um sono profundo.

"Alessandra: podemos conversar mais tarde?"

"Dani: algum problema?"

"Alessandra: muitos, mas quero fala-los pessoalmente"

"Dani: okay"

Adormeci em seguida.

Eu caminhava pesadamente até o quarto do Dani. A Diana não havia ido para a aula e eu fiquei preocupada. Quando fui ao quarto dela, estava vazio. Em seguida, procurei a diretora e ela afirmou que Diana havia saído do colégio. Aquilo me deixou péssima.

O Que Uma Garota Deve FazerOnde histórias criam vida. Descubra agora