... deseje sumir.★
— Bem que eu suspeitava — ela soou neutra, mas percebi uma ponta de tristeza em sua voz.
— Não é o que você está pensando... — tento dizer, sem jeito.
— Pelo amor de Deus, Alessandra. Ainda quer tentar me convencer? — agora ela soava frustrada.
— Estou falando sério. Nós só estávamos...
— Se preparando para transar?
A cor some do meu rosto.
— O que tem a dizer, Ícaro? — ela pergunta querendo fuzilá-lo com o olhar.
— Que o que eu e a Alessandra estávamos fazendo era conversando. Qual é, fazia muito tempo que não conversávamos.
— Conversando e tirando a roupa? — diz ela quase gritando.
— E tem algum problema nisso? — Ele deu de ombros, como nem se importasse.
Eu sei o que aquilo significa. Ele estava fazendo aquilo de propósito. Ele quer que ela termine.
— Eu...! Eu...! Eu não acredito que amei você! — berrou ela e deu um tapa forte na bochecha do Ícaro.
Após o impacto, ele coloca a mão no rosto. De primeira ele comprimiu os lábios e depois abriu um sorriso como se quisesse rir.
— O que você está achando engraçado? — diz Diana, fervendo.
— Nada eu só...
— Quer saber? Nosso namoro está A-C-A-B-A-D-O! — grita ela e vejo seus olhos se lacrimejarem.
Meu coração se parte. Viu o que você fez?, penso com raiva de mim mesma. Segundos depois, Diana sai correndo do quarto, batendo a porta ao sair.
— Qual é o seu problema? — grito pra ele.
— Agora não precisa se sentir mais culpada. — Ele sorri. — Não tenho mais namorada.
Dei um tapa forte na bochecha que Diana havia batido.
— Como assim não preciso me sentir mais culpada? — berro. — Estou pior do que nunca e a culpa é sua!
— Minha? Que eu saiba, não dá pra se beijar sozinho.
Dou outro tapa em sua bochecha, dessa fez na outra.
— Você me forçou a isso! — acuso-o.
— Eu não forcei nada.
— Foi você sim! Desde o começo foi você que veio com bilhetes me pedindo pra vir no seu quarto a noite!
— E foi você que quis vir!
— Vai se foder! — gritei.
Corri para a porta e a abri.
— Alessandra... — chamou ele.
Não dei a mínima importância. Saí do quarto com raiva.
Quando cheguei em meu quarto, eram 02:48 da madrugada. Suspirei fundo e agradeci por Betânia estar em um sono profundo.
"Alessandra: podemos conversar mais tarde?"
"Dani: algum problema?"
"Alessandra: muitos, mas quero fala-los pessoalmente"
"Dani: okay"
Adormeci em seguida.
★
Eu caminhava pesadamente até o quarto do Dani. A Diana não havia ido para a aula e eu fiquei preocupada. Quando fui ao quarto dela, estava vazio. Em seguida, procurei a diretora e ela afirmou que Diana havia saído do colégio. Aquilo me deixou péssima.
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O Que Uma Garota Deve Fazer
JugendliteraturAviso! Esta história contém partes engraçadas, partes sérias, partes românticas, partes idiotas, partes... É, acho que vocês já entenderam. Mais uma coisinha: a cada final do capítulo, possivelmente você ficará perigosamente curioso. Alessandra, uma...