O Que Uma Garota Deve Fazer

Capítulo 105 - Foi um desprazer conhecer você, Leo

... dica, né?).★

O garoto tinha cabelos negros, mas mechas vermelhas como sangue se espalhavam por sua cabeleira lisa. Tinha características asiáticas, mas usava roupas punk, como Kimberly.

— Ai meu Deus? Você por aqui? — diz o garoto se aproximando de nós dois.

Assim que Dani ergue o olhar, o mesmo abre um sorriso e se levanta, abraçando o garoto.

— E quem é essa? Guria nova? — Levo um tempo para perceber que ele estava falando comigo.

Balanço a cabeça e me levanto, estendendo a mão para cumprimentá-lo.

— Alessandra, esse é o Leandro, meu parceiro. Leandro, essa é a Alessandra, minha...

— Namorada?

Minhas bochechas coram.

— Melhor amiga — consertou Dani.

— Melhor amiga, sei. Deve tá é levando a garota pro mato pra transar com ela.

Não consegui conter uma risadinha nervosa.

— Não se preocupa, gata. No dia em que esse babaca não te quiser, eu estarei aqui — diz Leandro abraçando meu ombro.

Abri um sorriso meio tenso com tamanha aproximação.

★Dica 521 = Se um estranho começar a dar em cima de você, não seja igual a mim... Dê logo um chute no meio das pernas do cara.★

— Para, Leo, tá assustando ela — disse Dani como se quisesse rir.

— Assustando? Estou assustando você?

— Hmmm, acho que não — respondo meio incerta.

Vejo-o abrir um sorriso travesso. Ele começa a passar as mãos sobre meus cabelos, jogando-os de lado e revelando minha tatuagem de estrela.

— Olha só... Parece que temos uma tatuagem num lugar bem atraente — sussurrou ele em meu ouvido, passando os dedos por minha tatuagem. — Posso experimenta-la?

Engoli em seco e lancei um olhar pro Dani do tipo "o que esse maluco tá fazendo?!". Ele pareceu rir, mas pelo menos entendeu.

★Dica 522 = Se fazer uma careta bizarra de constrangimento não funcionar, vai por mim, os olhares sempre funcionam.★

— Leo, acho que já tá bom.

Leandro riu e se afastou.

— Eu to falando sério, gatinha. Só me chamar quando ele não te quiser.

Dani deu dois tapinhas em seu ombro.

— Ok, agora vaza, moleque.

— Não, cara. Ainda não. Amanhã eu e a galera vamos jogar boliche. Que tal chamar sua gata pra ir com a gente?

— "Sua gata" tem nome — protestei.

— Alessandra — ressaltou ele, revirando os olhos.

— Ela que sabe. Você quer ir? — questionou Dani a mim.

— Ah, por que não? Pode ser divertido. — Dou de ombros com um meio-sorriso.

— Então fechado. A gente se vê lá.

— Claro e ga... Alessandra, de preferência use uma saia bem curta, sim?

— Não sou puta pra mostrar a bunda por aí — retruquei.

— E quem falou em mostrar a bunda? Foi ele aqui que me pediu pra dizer — diz Leo e eu lanço um olhar para o Dani.

— MENTIRA, PORRA!