... melhores momentos.★
Acordei com as garotas gritando em meu ouvido.
— Puta que pariu, por que não me deixam dormir?
— Ale, você mesma disse que iria pra casa de seu pai e que estava ansiosa para ver uma pessoa em especial — explicou Eliana.
— Ah, é mesmo — me levantei. — Obrigada.
Comecei a arrumar minha mala que estava totalmente bagunçada. Quando terminei, tomamos um longo e delicioso café da manhã. A mãe da Geovanna cozinha de uma maneira surpreendente. Ela consegue transformar simples ovos e bacon em um banquete altamente delicioso. Se ela fosse uma cozinheira profissional ganharia muito dinheiro. Queria muito ter uma mãe que pudesse cozinhar assim.
Enquanto eu continuava a comer aquele bacon maravilhoso, todas nós da cozinha ouvimos uma buzina. Minha mãe.
— Deve ser sua mãe, Alessandra. Vou acabar de fritar esses ovos e irei abrir a porta para você — a mãe da Geo dizia enquanto se concentrava nos ovos.
— Obrigada.
Poucos minutos depois, ela desligou o fogo, lavou as mãos e veio em minha direção em busca das chaves enquanto ainda as secava. Quando avistou as chaves com o olhar, jogou a toalha onde estava secando as mãos, pegou as chaves e começou a abrir a porta.
Enquanto ela abria, eu pegava minha mala não tão pesada. Olhei pras meninas mais uma vez e todas elas acenaram se despedindo. "Irei sentir saudade de vocês" eu deveria ter dito, mas a mãe da Geo me chamou antes que eu pudesse abrir a boca.
★Dica 281 = Diga o que tiver para dizer, antes que seja tarde demais.★
Entrei no carro, joguei minha mala no banco de trás e quando eu já esteva sentada no banco da frente, esperando que minha mãe desse a partida, acenei para mãe da Geio que retribuiu meu gesto.
— Como foram seus dias aqui? — perguntou minha mãe já concentrada no trânsito.
— Melhores do que qualquer dia que já passei em casa — respondi um tanto seca.
— Alessandra, vamos começar a discutir por você ser tão grossa?
— Eu não queria que você falasse comigo.
— Precisamos dialogar sobre seus problemas.
— Eu não tenho problema, você é que tem um problema.
— Pare de negar que você tem sérios problemas psicológicos. Eu sei o que é isso.
— Se soubesse, eu não estaria te odiando tanto.
— O que te faz me odiar?
— Você me ter feito nascer.
— Alessandra...
— O que mais você quer? Puta que pariu, por que me trouxe pra desgraça desse mundo? Era muito melhor ter me abortado. — Meus olhos se encheram de lágrimas. — Pelo menos ainda estaria casada com meu pai — minha voz era fraca. Eu queria me trancar em uma caixa e chorar pro resto da minha vida. Ela não me ama.
— Minha filha, não pense assim. Se você me desse uma chance para lhe mostrar o quanto te amo, você veria que estou falando a verdade.
— Pelo seus olhos consigo saber que não está.
— O que sua madrasta tem que eu não tenho?
— Ela me entende.
A conversa teve fim ali. Minha mãe deu sinal que diria mais alguma coisa, mas não disse nada. Talvez ela tenha entendido minha mensagem.
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O Que Uma Garota Deve Fazer
Teen FictionAviso! Esta história contém partes engraçadas, partes sérias, partes românticas, partes idiotas, partes... É, acho que vocês já entenderam. Mais uma coisinha: a cada final do capítulo, possivelmente você ficará perigosamente curioso. Alessandra, uma...