... de perguntas.★
— Então o que seria esse "mais", hein? Nenhuma garota conseguiu te seduzir o bastante?
Abro um pequeno sorriso travesso, voltando a beija-lo. Enquanto mordiscava seu lábio inferior, pousei uma mão em sua cintura e então eu senti... Ele recuou. Não do beijo. Senti ele recuar na cintura, com meu gesto. Encerrei o beijo na mesma hora.
— Dani, o que você está escondendo?
Novamente ele balançou a cabeça em desdém.
— Qual é, você não gosta? — Volto a colocar a mão em sua cintura e novamente sinto-o recuar, mas dessa vez de maneira mais sutil. — Eu senti você recuando.
— Não é isso, Ale. É claro que eu gosto e é claro que eu sinto tesão, mas a questão não é essa. — Suspirou.
— Então o que é? — questionei encarando seus olhos verdes. Eles estavam nítidos. Mais verdes do que eu jamais vira. Eu me perguntava se aquilo era lente.
★Dica 526 = Tente perguntar diretamente sobre o que você quer saber.Dica 526 = Tente perguntar diretamente sobre o que você quer saber.★
— É que... Não. Você vai rir de mim.
— Ei. — Coloquei uma mão em sua bochecha. — Pode confiar em mim. Prometo que não vou rir.
Ele suspira longamente e então diz:
— Eu... Eu tenho medo.
Arregalei os olhos, espantada.
— OI? COMO ASSIM DANILO KIEFFER WHISTON TEM MEDO DE TRANSAR?
— Obrigado por contar pra Deus e o mundo — ironizou ele.
— É que eu to chocada! Como assim? Medo? Você? Por quê?
Dani revirou os olhos e passou as mãos no rosto.
— Quando eu tinha dois anos, meus pais estavam brigados. Ele tinha ido dormir fora de casa aquele dia. Minha mãe sabia que quando ele estava bravo, ia a um dos seus bares favoritos e depois ia pra sua segunda casa favorita. Então eu e minha mãe nos adiantamos, mas quando chegamos lá... Bom, encontramos ele e sua mãe transando. Então imagine um garotinho de dois anos vendo... aquilo? Peguei trauma. Tenho medo de chegar na hora e não conseguir fazer direito.
Quando dei por mim, estava boquiaberta.
— Céus, Dani. Nada a ver. Quero dizer, quando você estiver com a sua garota sabe, com as pernas abertas e tal... Vai saber o que fazer. Não tem como dar errado, entende? Não tem como errar o buraco.
Ele pareceu rir.
— Falar pra você é fácil já que já transou com alguém.
Bufei.
— Não joga isso na minha cara! Eu sei a merda que eu fiz, tá legal? — falei sentindo a raiva tomar conta de mim.
— Ale...
— Me avisa o dia em que você achar uma vadia pra enfiar o pau — falei ríspida e me levantei da cama.
Ele fez o mesmo e segurou meu braço.
— Ei, ei, ei, calma, ok? Viemos aqui boa divertir... Não queria ter estragado tudo.
Suspirei e desviei o olhar.
— Por favor, Hello Kitty, volta.
Não consegui conter um sorriso.
— Tá, idiota. — Revirei os olhos meio rindo e voltei pra cama.
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O Que Uma Garota Deve Fazer
Novela JuvenilAviso! Esta história contém partes engraçadas, partes sérias, partes românticas, partes idiotas, partes... É, acho que vocês já entenderam. Mais uma coisinha: a cada final do capítulo, possivelmente você ficará perigosamente curioso. Alessandra, uma...