... não queira.★
— Tudo bem então. — Ele se levanta. — Se me der licença — Ele pega sua cueca do chão —, estarei vestindo minha cueca.
— Para com isso.
— Com o quê?
— De falar essa palavra ai.
— O quê? Cueca?
— É.
— E quer que eu fale o quê? Trapo? Pano? Pudim?
Eu rio.
— Pudim? — pergunto entre risos.
— Isso. Espera que vou ali vestir meu pudim.
Pego meu travesseiro e jogo nele.
— Não faça piada com algo que gosto tanto! — brinco.
— Não estou fazendo piada. Gosto de algo gelado entre as pernas.
— Garoto, eu devia te socar.
— Não te dei nenhum motivo para me socar. — Ele estica a cueca como um estilingue e aponta pra mim. — Agora estou dando motivos. — Havia um sorriso convencido em seu rosto.
— Dani, se você jogar essa cueca em mim, juro que vai sair daqui com mais do que um nariz quebrado.
— Duvida que eu jogo?
— Não faz isso! — grito e subo em cima da cama.
— Isso, quanto mais alto, mais fácil.
★Dica 466 = Não deixe as coisas fáceis para as outras pessoas.★
— Não! — Me escondo debaixo das cobertas.
— Deuses, quanta frescura.
Deixo minha cabeça aparecer, apenas para respondê-lo:
— Não é frescura. Isso é nojento.
Ele estica ainda mais e só deu tempo de eu entrar nas cobertas de novo, antes de eu sentir algo atingi-las perto do meu braço.
Saí bem devagar após o pequeno impacto e minhas hipóteses estavam corretas: ele tentou jogar a cueca dele mesmo em mim.
— Seu... Seu... — Não sabia se ria ou se gritava com ele.
— Viu? Não doeu nada.
— Ah é?
Saio das cobertas e vou para o banheiro. Tranco a porta atrás de mim.
Lá dentro, tiro a calça e depois minha calcinha. Se ele quer guerra. Então é guerra que terá. Visto novamente a calça.
— Vou me vingar de você. — Estico minha calcinha como estilingue e aponto pra ele.
— Oh, que meigo sua arma com corações e coelhos fofinhos — diz ele entre risos.
— Calado. Agora é guerra. Aposto que acerto você daqui.
★Dica 467 = Não deixe que piadas façam suas ameaças de guerra fraquejarem.★
— Ah, uma aposta? E eu aposto que consigo acertar você daqui — desafiou ele.
— Se eu ganhar vai ter de ficar com a minha calcinha na sua boca por dez segundos.
— E se eu ganhar vai ter que ficar com a minha cueca na sua boca por dez segundos.
— Plágio!
— É a minha condição.
— Tudo bem então.
Ele pega sua cueca do chão e mira em mim. Ambas roupas íntimas estavam miradas um para o outro. Fechei um olho para ter uma visão melhor do alvo. Começo a andar para o lado, para ver se conseguia alguma vantagem, mas não adianta. Ele logo percebe o que eu estava fazendo e também faz. Em pouco tempo estamos andando em círculos, com miras a postos.
★Dica 468 = Tente tirar vantagem de algumas coisas.★
Depois de um tempo andando, esperando o outro ter um ponto fraco, vejo que a calça do Dani começa a cair. As curvas da cintura dele iam cada vez mais ficando visíveis e nem por isso ele decidia parar de mirar em mim.
Em um certo momento a calça dele estava quase mostrando o que não deveria. Ou ele puxava a calça pra cima ou eu veria sua genitália.
No minuto seguinte, tudo aconteceu muito rápido: Dani agarrou as calças e puxou para cima e nisso, estiquei um pouco mais minha calcinha e PÁ! Acerto seu ombro.
— Ganhei! — gritei.
— Ou era você ou era as calças. Eu tive que escolher.
— Não ligo. Eu ganhei. É A PRIMEIRA APOSTA QUE EU GANHO DE VOCÊ!
— Nossa, quanta emoção por causa de uma aposta.
— Deixa de ser besta. Hoje é o melhor dia da minha vida!
Ele pegou sua cueca no chão, mirou em mim e acertou minha barriga.
— Pronto, ganhei também — argumentou ele.
— Mas que diabos...?
Ele veio até mim, pegou sua cueca do chão e começou a bater ela em mim. Em defesa, comecei a bater minha calcinha nele.
★Dica 469 = Sempre esteja preparada para qualquer tipo de ataque.★
— Que nojo, Dani, para com isso! — digo mais rindo do que pronunciando as palavras.
— Admite que perdeu.
— Eu não perdi coisa nenhuma!
— Perdeu. — No mesmo instante em que ele pronuncia a palavra, sua cueca atinge perto da minha boca, tocando levemente o canto dos meus lábios.
Não sei ao certo o que eu deveria ter pensado, só sei que a primeira coisa que me veio ao rosto foi raiva.
— Ah, não, agora você vai ver! — Pulo em cima dele, fazendo-o cair junto comigo. Tentei forçar minha calcinha entrar na boca dele. — Engole isso! Anda logo! Engole!
Ele riu. Riu muito mesmo. Mas mesmo assim não deixei de continuar a tentar fazer ele engolir. Ele era bom de tentar me impedir.
Depois de um tempo insistindo, minha raiva se transformou em riso. Deixei o peso do meu corpo cair sobre o dele e acabei deitando sobre ele.
— Folgada — brincou ele.
— Ai, sou mesmo. — Me aconcheguei nele.
Ele suspirou meio rindo enquanto eu já fechava os olhos. Eu podia ouvir seu coração bater. Não vou mentir que me surpreendi por estar acelerado.
— No que está pensando? — pergunto de repente.
— Nada de mais.
Olho para ele.
— Não pode ser nada de mais. Senão seu coração não estaria tão acelerado.
Seu rosto ficou vermelho. Peguei ele no flagra.
— Está pensando no quanto fico sexy de biquíni?
Ele ficou ainda mais vermelho.
— Não... Não é isso.
Vou confessar que suas palavras não me convenceram.
— Tudo bem, vou fingir que não li seus pensamentos, ok?
★Dica 470 = Adquira o poder de ler mentes.★
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Que Uma Garota Deve Fazer
Fiksi RemajaAviso! Esta história contém partes engraçadas, partes sérias, partes românticas, partes idiotas, partes... É, acho que vocês já entenderam. Mais uma coisinha: a cada final do capítulo, possivelmente você ficará perigosamente curioso. Alessandra, uma...