... seus amigos.★
Eu ri e a professora chegou na sala. Em seguida o Dani. Acenei para ele e ele me devolveu o gesto discretamente. Quando ele se sentou, começou realmente a aula.
★
— Cara, que aula mais chata — disse Geo.
A aula havia acabado de terminar. O sinal bateu a pouco tempo e a sala estava praticamente vazia. Geo terminou de arrumar suas coisas e juntas caminhávamos tranquilas pelo pátio do colégio.
Alguns garotos paravam para cumprimentar a Geo e quando era num caso de um garoto gato, ela passava seu número. Eu apenas observava, querendo rir. Sentia falta de ver a Geo tentando arranjar alguém pra ficar.
Depois de um tempo, só andando mesmo por ai e da Geo me dizendo qual garoto eu deveria ficar, caso se o Dani não desse certo, acabamos vendo uma pequena movimentação. Decidimos chegar um pouco mais perto.
★Dica 396 = Em caso de uma pequena movimentação, pare para tentar ver o que é.★
— OLHA O QUE VOCÊ FEZ NA MINHA MOCHILA! VOCÊ VAI PAGAR UMA NOVINHA AGORA! ME DÁ A PORRA DO SEU DINHEIRO! — uma garota aparentemente da minha idade, berrou.
A menina tinha cabelos negros com mechas vermelhas. Seus olhos eram perfeitamente verdes. Ela usava uma calça jeans preta, uma blusa branca escrito algo com letras pretas e uma jaqueta de couro preta, cheia de correntes. Tinha um piercing de bolinha no nariz prateado e dois de argola preto na orelha direita. Na verdade, eu não estava vendo nada de errado na mochila dela, mas achei errado ela está gritando tanto com uma garota que parecia ser do primeiro grau.
— Mas... Mas... Eu... Sem... Dinheiro... Desculpa... — a menina do primeiro grau tentava dizer. Seus olhos encharcados de lágrimas.
— AGORA VOCÊ VAI TER QUE ARRANJAR DINHEIRO PRA PAGAR UMA MOCHILA NOVINHA PRA MIM! TIRE DINHEIRO ATÉ DO SEU CU SE PRECISAR! — a garota berrou novamente e pegou a menina pela blusa, pronta para socá-la.
— Geo, me aguarde — digo e não dou chance para que ela me responda, apenas vou em direção àquela briga.
★Dica 397 = Não espere que os outros respondam. Vá logo em direção a briga.★
Respiro fundo, me aproximando cada vez mais perto de toda aquela confusão. Chego o mais perto que atrevo e digo:
— Ei, não há nada de errado com a sua mochila. Deixa a garota em paz.
Ela larga a garota que cai no chão assustada.
— Por que você não volta de onde veio? — disse a garota das mechas vermelhas, com um tom de voz grosseiro.
— E por que você não para de incomodar a garota? — digo da mesma maneira que ela.
Ela solta um riso de deboche e aquilo me faz ferver. Depois de poucos segundos desfrutando da sua risada idiota, ela diz:
— Bem que eu esperava isso de você, Alessandra — ela deu ênfase no meu nome.
— Como...?
— "Eu... não posso. Por favor. Não continue a se afastar. É perigoso. Me perdoa. Não estou preparada ainda" — ela imitava minha voz de maneira irritante. — Palavras familiares?
Na mesma hora, fico sem palavras. A encaro, incrédula, com a boca semiaberta.
— J-Judi?! — digo sem acreditar que estava vendo-a bem ali, na minha frente.
— Feche a boca, Alessandra. — Ela dá dois tapinhas no meu queixo. — Não fique surpresa. — Bocejou. — Não me chame mais de Judi. Não sou mais aquela loirinha inocente que você tentou "proteger". Me chame de Renata. OUVIRAM, SEUS VADIOS? MEU NOME É RENATA. — berrou ela para que todos que estavam ao nosso redor pudessem ouvir.
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O Que Uma Garota Deve Fazer
Teen FictionAviso! Esta história contém partes engraçadas, partes sérias, partes românticas, partes idiotas, partes... É, acho que vocês já entenderam. Mais uma coisinha: a cada final do capítulo, possivelmente você ficará perigosamente curioso. Alessandra, uma...