O Que Uma Garota Deve Fazer

Capítulo 101 - Que comece nosso primeiro encontro oficial

... é demais.★

Ela me dá um tapa fraco na bochecha.

— Que coisa mais ultrapassada, besta — diz Kim. — Isso é coisa do ano de 2015. Estamos em 2067, acorda gata.

— Falando assim me lembra uma ex-melhor amiga minha.

— Só falo verdades. Agora prepara, Ale! A qualquer momento ele vai nos liberar para ir no shopping e...

Ela recebe uma mensagem.

— Agora! Vem, vamos! — exclama ela, me pegando pelo braço, puxando-me para fora do dormitório.

Tá bom, diário, a coisa é simples: Kim ficou de me levar ao shopping hoje. Lembra? O Dani vai pagar pra mim uma maquiagem, um vestido, um sapato e um penteado. E nisso a Kim vai me levar pra ajudar. E eu mal posso esperar por isso.

Assim que saímos dos muros do colégio (primeira vez depois das férias de Julho), uma limusine nos esperava. Kim pula lá dentro assim que um homem bem vestido abre a porta para nós e logo em seguida me puxa junto.

— Uau, isso é demais... — comento mediante a todo luxo da limusine.

O que mais me encantou foi o teto ser cheio de pequenas luzes que ora eram brancas, ora eram verdes, azuis, vermelhas... E todas as cores que eu pudesse imaginar.

— Ter um melhor amigo rico é para poucos, amiga — diz ela fazendo uma pose metida e aquilo me fez rir.

— Percebe-se...

— E logo será seu namorado rico.

— Não fala assim... — Empurro seu ombro de maneira fraca.

— Ah, Ale, para vai... Acha que ele te chamou pra sair por quê?

— Porque... Sei lá, só queria ter um momento a sós comigo ou queria me conhecer melhor. — Dou de ombros.

— Exatamente e isso é um dos passos para...

— Eu sei lá onde você quer chegar, Kimberly!

— ... Para te pedir em namoro, besta.

Solto uma risada irônica.

— Tá, Kim, vou fingir que acredito.

— Pelo menos isso — resmunga ela.

★

O resto da viagem foi baseada em:

> Conversas bobas;

> Um pouco de vinho;

> Piadas ruins;

> Músicas no volume máximo.

Demorou umas duas horas até chegarmos no shopping, provando que o colégio interno era mesmo isolado de tudo.

Saímos da limusine aos pulos e ansiosas. Corremos para a loja ao qual eu sofreria uma transformação para meu encontro.

O nome da loja era Cherry's e havia várias cerejas espalhadas perto do nome. Na minha opinião, o logotipo mais me lembrava uma loja de sucos, mas quando adentramos o local, meu queixo caiu.

Era lotado de vestidos luxuosos e deslumbrantes. Daquele tipo de fazer qualquer mulher morrer de inveja. Todas as cores e tamanhos estavam ali presentes e a cada ponto da loja que eu olhava, mais me surpreendia com os modelos.

— Bonjour, posso ajudá-las? — perguntou uma atendente, cheia de sotaque francês.

— Bonjú...— começou Kim, sem formalidades.