Gata Indomável

Prólogo

Andréia Ferreira

       Ela me olhava fulminante como se quisesse me matar. E tinha motivo para me odiar, eu era a namorada do querido amante dela. Não era a toa que ela sempre me odiou, Pietra sempre quis ter o que é meu, mas nunca teve por ser tão ridícula.

— Andréia, vamos sair daqui — Renan pediu segurando meu braço quando encontrei Pietra ao seu lado. Puxei meu braço bruscamente sem querer alguma explicação.

—Pietra querida, quanto tempo não te vejo! — falei com cinismo.

— É que eu deixei de frequentar certos lugares. Não suporto ficar em ambiente de tipinhos como você. — disse enojada.

— Ah sim, você anda frequentando bastante o pasto, ou o galinheiro onde é o seu lugar. — a provoquei.

— Meu amor vamos sair daqui.— Renan segurava meu braço mais uma vez, provavelmente estava com medo de que eu atacasse Pietra.

— Meu amor? — ri sarcástica.— Você fala a mesma coisa para essa vagabunda? — Decidi soltar toda a minha raiva que eu estava guardando.

—  Eu e Pietra? Não temos nada haver um com o outro — dei um tapa em seu rosto indignada por sua audácia de mentir para mim.

— Acha mesmo que você me engana?! Acha que eu não percebi você de papinho com esse estrupício?! — apontei para Pietra que me fuzilou com o olhar logo em seguida. — Pensa que eu não vi você me traindo com ela, você estava beijando ela antes de eu chegar — ele arregalou os olhos pasmo com as minhas palavras — Renan, eu confiei em você e você me traí com a mais piranha dessa escola! — quando terminei de falar Pietra entrou na frente de Renan me encarando com desdém.

— A piranha daqui é você! — Renan segurou o braço de Pietra tentando afasta-la de mim. —Renan você sempre preferiu a mim, agora diga isso na frente dela — Pietra se virou para ele a espera de uma resposta.

— Pietra... você só foi um passatempo para mim, eu só me divertia com você até porque a Andréia me tirava do sério às vezes, mas é ela quem eu amo! — a garota ficou desacreditada com as palavras de Renan. —Andréia você sempre foi linda e os garotos sempre te olhavam e queriam te ter, eu tinha medo de que você me deixasse por algum deles. Me perdoe, eu prometo ser diferente, por nós.

— Nossa Renan! Sempre soube que você me amava.— me aproximei dele segurando seu rosto em minhas mãos preparada para um beijo em pura encenação, a minha vontade era de arrancar os rins dele fora.

— Seus desgraçados!  — Pietra havia agarrado meu cabelo com tanta força que me afastou de Renan.  — Você vai pagar pelo que fez. — se aproximou de mim preparada para me dar um tapa, mas eu agarrei seu pulso impedindo seu ataque.

—Quem vai pagar é você. — falei antes de acerta- lhe um tapa em seu rosto.

— Meninas, vamos parar de brigar por mim — eu consegui perceber a felicidade de Renan ao ver nós duas brigando por ele. Deixei Pietra de lado e dei um chute em suas partes íntimas, ele acabou gemendo de dor e para completar dei um tapa em seu rosto.

Virei-me encarando Pietra que estava apenas observando a cena. Sei que eu não deveria estar brigando por causa de homem, mas a Pietra estava merecendo uns bons tapas já faz tempo. Corri até ela e agarrei seus longos cabelos castanhos, a única coisa que eu não esperava é que ela também fosse agarrar os meus cabelos. Acabamos caindo no chão depois da tentativa de Pietra em me dar uma rasteira. Pelo meu azar Pietra subiu em cima de mim e me esbofeteou, mas antes que ela me desse outro tapa eu consegui empurra-la, sem pensar duas vezes dei um soco em seu rosto fazendo um fio de sangue escorrem pelo seu lábio.

Sem eu perceber alguém havia me agarrado me imobilizando e me impedindo de agredir alguém.

— Quero as duas na minha sala. — a voz firme e autoritária da vice- diretora fez um calafrio correr pela minha espinha.

E esse foi mais um dos motivos para eu ter que me mudar da minha cidade natal.