3-Guerra Declarada

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Levei Sofia e o Bruno para o trabalho da minha mãe. Ela é dona de uma confeitaria — na verdade de três que estão espalhadas pela cidade — e confesso que amo o emprego dela, pois sempre ela leva algum bolo para casa ou quando eu vou lá aproveito para dar umas beliscadas nos doces.

— Mora aqui há quanto tempo? — Sofia perguntou enquanto caminhávamos.

— Faz quase duas semanas que cheguemos aqui.

— Por que se mudaram?

—Escola, trabalho do meu pai, da minha mãe e diversas outras coisas.

Nos mudamos de cidade não só por causa da minha expulsão, na verdade eu já iria embora mesmo daquela escola de qualquer maneira então porque não receber logo de uma vez " um convite para se retirar da escola? "

Enfim, meu pai recebeu uma proposta de emprego e como a minha mãe já tinha uma confeitaria pelos arredores por que não se mudar?

Assim que chegamos pegamos o elevador e subimos para o escritório da minha mãe.

— Oi mãe, posso entrar. — perguntei com a porta entreaberta.

—Claro querida! —mamãe olhou para mim assim que entrei com a Sofia e o Bruno. — Aconteceu alguma coisa? — perguntou preocupada.

—Sim, aconteceu. — puxei a cadeira e me sentei em frente a ela. —Por que temos que ter uma babá? Eu sei me cuidar tá mãe?

—Você pode até saber se cuidar,  mas do seu irmão...

— Mãe eu sempre cuidei dele, não é agora que precisamos de uma babá.  — cruzei os braços indignada.

— Filha quero que entenda que com a Sofia cuidando do seu irmão você não terá que se preocupar com ele. Ela so vai cuidar do seu irmão, não de você.— eu repensei no que minha mãe havia dito então simplesmente concordei com ela.

— Tá bom, espero que ela não me trate como se fosse minha babá também.

— E não vai né Sofia?— a mesma assentiu esboçando um sorriso.—Vai querer mais alguma coisa?

—Por enquanto é só . Tchau mãe! — me levantei e acompanhei Sofia até a saída.

— Estava querendo tirar o meu emprego? — Sofia perguntou assim que saímos da sala.

— Nada disso. Eu arrumaria outro para você caso perdesse esse.—ela riu duvidando da minha capacidade, apenas ignorei.

Quando descemos perguntei a Sofia se ela queria comer algo e a mesma aceitou. Nos sentamos em uma das mesas e fizemos os nossos pedidos.

Eu ouvi umas vozes familiares vindo de trás de mim, assim que me virei Cláudia e Lia estavam conversando.

—Não acredito que você está aqui! — Cláudia falou assim que notou minha presença.

— O que vocês estão fazendo aqui?— perguntei sem ter a noção da minha pergunta idiota.

—O que mais as pessoas faz em um lugar em que vende comida? — Cláudia soou meio grosseira.

— Cláudia!—Lia a repreendeu.

—Vejo que vocês já se conhecem. —Sofia comentou em cima da nossa conversa.

— O que você está fazendo aqui sua pedófila?— vi Cláudia mudar o semblante assim qur viu Sofia.

— Cláudia não quero arrumar briga com você.

—Não te fiz pergunta nenhuma se você quer brigar comigo ou não.

— Ah quer saber? Vou dar um fora daqui antes que eu tenha que te bater.

Gata IndomávelOnde histórias criam vida. Descubra agora